Desde 2003, pesquisadores do Laboratório de Tecnologia da Biomassa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Agroindústria Tropical), preocupados com a destinação final dos resíduos da produção de água de coco industrializada, começaram a imaginar uma maneira de aproveitar essa biomassa. “Pensamos em aproveitá-lo, já que a fibra do coco tem celulose. A partir da fibra e do pó, conseguimos criar novos produtos, como o painel lignocelulósico” revela Men de Sá, um dos pesquisadores.
Depois de estudar o assunto, criaram o chamado MDF Verde, uma espécie de compensado ecológico, feito da casca do coco verde. Desenvolveram com uma metalúrgica local o maquinário para permitir o beneficiamento da casca. Com a água de coco envasada, surgiu um tipo de resíduo em quantidade alarmante
A instituição aguarda que parceiros se apresentem a fim de que o produto possa ser desenvolvido em escala de produção. "Já mostramos o potencial e a viabilidade da iniciativa. Além disso, temos uma grande quantidade de material desprezado nos lixões das cidades litorâneas, que são autênticos fornecedoras de matéria-prima. O aproveitamento dessa biomassa evita o corte de árvores e ainda contribui para diminuir a quantidade de resíduos nos lixões", enfatiza Men de Sá ao lembrar que, a partir do trabalho desenvolvido ali, várias unidades de beneficiamento de fibra e pós de coco verde já se espalharam por todas as regiões do país.
Celulose Online - 23/10/2013
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