quinta-feira, 15 de setembro, 2016

Katz investe em expansão no Rio e no Brasil

Rio de Janeiro - Em tempos de amargor econômico, boas notícias surgem justamente do mercado que tem uma legião de aficionados: o de chocolates, setor que vai além das marcas generalistas. São as fabricantes dos chamados chocolates premium que puxam investimentos.
A Katz, tradicional fabricante de Petrópolis, na região serrana, começa seu projeto de expansão para as principais capitais do País, mas o pontapé inicial é a cidade do Rio de Janeiro. Para os próximos meses está prevista a abertura de quatro novos pontos de venda.
Serão duas lojas próprias e mais duas franquias. Os locais ainda serão definidos, mas shoppings e bairros da zona sul carioca, como Leblon e Ipanema, são os mais cotados. "Nesse momento de crise e de aluguéis com valores altos, vamos devagar e com cautela. Analisamos muito o ponto para ver se vale o investimento", ressalta Elisabeth Goldman Birman, CEO e chocolatier da Katz.
A cautela tem razão de ser. Principalmente pelo momento de crise. "A loja própria ainda é fácil para abrir. Já o custo de shopping é muito caro. Por isso, analisamos com muito cuidado todas as possibilidades e propostas, apesar dos muitos pedidos de outras capitais", garante a empresária.
A empresa não revela números, mas no embalo do aumento do faturamento em 2015 (16%) e este ano (previsão de 9%), aposta na ampliação dos negócios. O roadmap de investimentos para os próximos cinco anos é de R$ 55 milhões.
Varejo
Além de lojas em outros estados, e de uma unidade em Miami, nos Estados Unidos, no ano que vem, a Katz foca na distribuição para redes varejistas. A marca voltou a ser vendida em lojas do Pão de Açúcar e do Sam's Club. E mira em outras áreas de atuação
Há também contratos com redes de concessionárias de automóveis - para degustação de clientes. Além de negociações com hotéis e ações em eventos, como ocorreu na Bauernfest, a festa do colono alemão de Petrópolis, que aconteceu em agosto.
Com produção de três a quatro toneladas por mês, o objetivo da empresa é incrementar em 20% a fabricação, já este ano. E mais 20% a partir de 2017. Para tal, a Katz já investe em maquinário e treinamento de pessoal, mas promete não perder a essência do chocolate artesanal.
"Vamos investir para atender essa demanda e desenvolver marcas próprias. Mas nossa produção é artesanal e não pode perder essa característica", reconhece Elisabeth.
Minifábrica
Em Petrópólis, onde a empresa nasceu, em 1953, a Katz vai fazer mudanças pontuais na loja no bairro do Jacintinho, próxima à Casa de Santos Dumont, uma das atrações da cidade. Lá, será instalada uma minifábrica e o visitante poderá aprender a fazer chocolate.
O crescimento deste mercado parece indiferente à crise, e também está ligado a ela. O chocolate premium atrai o cliente que procura um presente mais em conta. "O chocolate virou um presente acessível e diferenciado. A gente agrega essa proposta com embalagens, itens de cerâmica e cestas", ressalta Elisabeth.
DCI
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