sexta-feira, 08 de abril, 2016

Setor de brinquedos traz os lançamentos para 2016

O setor de brinquedos apresenta nesta semana para o varejo 1,5 mil lançamentos de 150 empresas, entre nacionais e importadoras, para atender principalmente as vendas do Dia das Crianças e Natal. O G1 esteve na Feira Brasileira de Brinquedos, promovida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) no Expo Center Norte, em São Paulo, que vai até esta sexta-feira (8), apenas para os profissionais do setor.
Como nos anos anteriores, os fabricantes apostam na tecnologia e na tradição, para atender a todos os públicos, incluindo adultos colecionadores. Com um leque de opções diversificado, a indústria do brinquedo mira não somente a diversão, mas também o estímulo intelectual e a criatividade, a interatividade e o desenvolvimento afetivo.
“Nove mil ideias foram testadas e foram aprovadas 1,5 mil. O setor tem 3 mil designers trabalhando todos os dias”, diz o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa.
Segundo ele, o faturamento do setor, incluindo o varejo, em 2015 é estimado em R$ 9,5 bilhões e representa alta de 15,6% em relação a 2014. A expectativa para 2016 é de crescimento de 15%.
A indústria nacional de brinquedos está sendo favorecida pela alta do dólar desde o ano passado, de acordo com a Abrinq. A variação da moeda americana influenciou na retomada de 10% da fabricação nacional ante os importados, com saldo final de 55% de participação nos negócios. "Só dos chineses, que são nossos maiores concorrentes em solo nacional, tiramos 5%", afirma Costa. A importação caiu 4% em 2015. A previsão de Costa é que neste ano a queda seja de 20%. "Em janeiro, com o dólar batendo os R$ 4, os grandes players não foram às compras”, diz.
O presidente da Abrinq diz que a previsão é que até 2021 a proporção no mercado seja de 70% com a fabricação nacional e 30% de importados. O setor de brinquedos tem 378 fábricas no país, que empregam 31,2 mil pessoas.
Mas a alta do dólar também ajudou na alta do preço dos brinquedos em 2015, já que uma grande parcela da indústria ainda é baseada nas importações. Apesar de os aumentos estarem abaixo da inflação oficial de mais de 10% no país, o ano de 2015 foi atípico, segundo Costa, com a alta expressiva de preços nos brinquedos em novembro (2,05%) e dezembro (3,67%). Segundo ele, os motivos foram aumento na mão de obra, nos tributos e da matéria-prima.
De acordo com Costa, nos últimos cinco anos houve um aumento do tíquete médio e da compra de brinquedos per capita, que passou de 5 a 6 brinquedos para 7 a 8 por criança. "E são 13 mil novos nascimentos por dia", diz. O tíquete médio registrou predomínio das faixas de R$ 31 a R$ R$ 50 e de R$ 51 a R$ 100, que juntas representaram mais de 41% das compras. Segundo ele, o melhor cliente é o público de 0 a 3 anos, a chamada primeira idade. “Dá 40% dos negócios”, diz.
Novidades
Neste ano, as fabricantes investiram pesado em brinquedos que levam a experiência da tecnologia desde cedo para as crianças. Muitos deles podem ser jogados tanto offline como online – nesse caso, é preciso baixar aplicativos que trazem o brinquedo para uma espécie de realidade aumentada, onde personagens ganham movimento e até vida própria.
Os conhecidos personagens de desenhos animados e filmes de animação também predominam, repaginados com mais tecnologia e novas funções.
Há ainda bonecas e bichos de pelúcia que comem, falam mais de um idioma e repetem o que a criança fala, veículos que fazem a criança se sentir motorista desde cedo, e o retorno de jogos que fizeram a cabeça de gerações anteriores para conquistar os filhos de quem os jogou na infância.
A indústria investiu ainda no estímulo da criança a pensar a própria brincadeira, criando experiências a partir do brinquedo, como cozinhar, costurar, fazer sorvete ou pulseiras de miçanga, por exemplo.
O brinquedo mais caro em exibição na feira é o veículo Silverado para duas crianças com peso total de 70kg. O preço sugerido da fabricante Biemme é R$ 3.955 – R$ 500 a mais em relação ao ano passado -, mas nas lojas pode passar de R$ 5 mil. No veículo só há acelerador, não há freio, mas atinge apenas 4 km/h, e é indicado para crianças entre 3 e 6 anos. O carro ainda tem rádio, MP3 e acende os faróis, além de um câmbio que vai para frente e para trás.
As bonecas e os bonecos são os líderes de vendas - representam 40% dos negócios. Costa afirma que a tecnologia veio para ficar, mas os brinquedos tradicionais têm grande peso na preferência dos pequenos. “O celular não compete com os brinquedos. Brincar é tocar, jogar, cair, cansar. O celular cansa a criança e a coloca no nosso colo”, diz.
G1
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