sexta-feira, 18 de setembro, 2020

PHB de açúcar nasceu no IPT na década de 90

O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas, vinculado ao governo paulista), começou a pesquisar biopolímeros no início dos anos 1990, em um projeto que culminou com a inauguração, no final daquela década, de uma planta de produção da resina PHB (polihidroxibutirato) a partir do açúcar proveniente de cana.
Instalada no município paulista de Serrana e associada a uma usina de açúcar e álcool, essa planta está atualmente sem operação comercial, mas, em seus primórdios, exportou PHB para os Estados Unidos e a Europa.
O preço do produto certamente influi nessa falta de atividade comercial. “No início da produção, o PHB tinha custo cerca de quatro vezes superior ao de um plástico convencional, mas essa relação varia muito, dependendo do preço da matéria-prima: a cana-de-açúcar”, explica Maria Filomena Rodrigues, pesquisadora do IPT participante do projeto.
Segundo ela, o PHB pode ser alternativa ao PP em aplicações como frascos de xampus e cremes. “A Wella até chegou a utilizá-lo em produtos comercializados na Alemanha”. É uma resina biodegradável, produzida dentro das próprias bactérias que se alimentam do açúcar (diferentemente do PLA, que provém de ácido lático produzido por fermentação e posteriormente polimerizado).
O projeto do IPT mostrou ser possível produzir, pelo menos em laboratório, PHB também a partir de bagaço de cana e de óleos vegetais. “Creio que já começa a se tornar mais viável o uso industrial dessa resina, cresceu bastante o apelo ambiental”, ressalta Maria Filomena.
- Antonio Carlos Santomauro
Plástico Moderno - 17/09/2020
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