terça-feira, 26 de novembro, 2019

Utam vai dobrar produção de cápsulas de café em 2020

O Grupo Utam aposta no crescente consumo de café em cápsula para dobrar a produção em 2020. Com investimento total de R$ 5 milhões, concluído neste mês, a empresa de Ribeirão Preto (SP) estima colocar no mercado 6 milhões de unidades no próximo ano. Em 2018, as cápsulas representavam 2% do faturamento da Utam, avançaram para 5% em 2019 e a meta é chegar a 10% em 2020. “Utilizamos apenas 10% da nossa capacidade produtiva, o que significa que ainda temos muito espaço para crescer e há mercado para isso”, disse à coluna Ana Carolina Soares de Carvalho, diretora da companhia. Hoje, a maior demanda por cápsulas vem do consumidor doméstico, mas mercados como os Estados Unidos e a Alemanha também têm buscado esse tipo de produto da empresa. Paralelo às apostas nas cápsulas, o Utam também está otimista para o segmento de cafés gourmet, o principal produto do grupo. Reage O faturamento do Utam com todos os tipos de café deve ser de R$ 80 milhões em 2019, em linha com o ano passado, quando os preços do grão já estavam pressionados pela alta produção no mundo. Para 2020, a expectativa é de uma reação nas cotações e que o varejo acompanhe a alta. “Não vemos queda de preço, esperamos no mínimo estabilidade”, disse Ana Carolina. Sobreaviso Presidente interino da Embrapa desde 17 de julho, Celso Moretti não convenceu a cúpula do Ministério da Agricultura sobre sua permanência no cargo. Como muitos já esperavam, ele não deve ser efetivado. No entanto, o governo tem dificuldades de encontrar um nome que se disponha a mexer na estrutura da estatal. Corporativismo A reestruturação da estatal está sendo estudada pela Fundação Falconi, contratada pelo governo para sugerir um novo modelo. As propostas de mudanças são profundas, como fusão de unidades e redução de boa parte do quadro funcional. Dirigentes da Embrapa não gostaram das medidas e trabalham para manter tudo como está. Acordo... O ECB Group anuncia nesta segunda-feira que a Honeywell fornecerá ao projeto Ômega Green toda tecnologia de produção de diesel renovável e querosene de aviação renovável, além do hidrogênio utilizado no tratamento do óleo para virar biocombustível. A primeira usina de biocombustíveis avançados do Hemisfério Sul, do empresário brasileiro Erasmo Carlos Battistella, será construída a partir de 2020 em Villeta, no Paraguai, e terá investimentos de US$ 800 milhões. ...fechado Segundo o ECB Group, a tecnologia da Honeywell é aprovada pelas forças armadas dos Estados Unidos e, com isso, o Ômega Green se candidata a fornecer biocombustíveis aos aviões militares daquele país. Outro fator é que o processo da companhia reduzirá “drasticamente” o consumo de eletricidade da futura usina. Turbinada A BemAgro, startup brasileira de agricultura de precisão com sede em Ribeirão Preto (SP), anuncia esta semana um aporte da investidora israelense Israel Agro Tech (IAT) para soluções baseadas em processamento de imagens. Dos recursos, 70% vão para pesquisa e desenvolvimento e 30% para o crescimento das operações, incluindo a expansão para países da América Latina em 2020. A expectativa é de que a estratégia amplie em 150% o faturamento. Menos pressão O custo para produzir leite no Brasil caiu 2% nos últimos 12 meses até outubro, puxado por itens da alimentação das vacas, que ficaram mais baratos. A Embrapa Gado de Leite, que calcula o Índice de Custo de Produção de Leite (ICPLeite), estima que a despesa com a produção e compra de volumosos, que estão na base para a dieta nutricional dos animais, recuou 3,84%. Mais produto Já a captação leiteira deve crescer 1% em 2019 em relação aos 24,45 bilhões de litros de 2018, conta Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite. Menor custo incentiva o pecuarista a produzir. Rumo ao Oriente A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aposta em missão comercial a Israel, junto com seus pares do Mercosul, para prospectar novas oportunidades de negócios entre produtores agropecuários brasileiros e importadores israelenses. A viagem de cinco dias, que tem início hoje, inclui reuniões técnicas com compradores locais, visitas a portos e cooperativas regionais e participação pela primeira vez na Feira Internacional de Alimentos Israfood – maior feira do segmento do país. De malas prontas Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, considera que a comitiva vai possibilitar que os exportadores brasileiros entendam melhor o mercado local para adequar os produtos às exigências locais. “Queremos que as cooperativas aproveitem melhor as oportunidades do acordo já existente de livre comércio entre Mercosul e Israel”, conta. O foco da missão está nos setores de café, frutas, lácteos e especiarias, seguindo estudo prévio sobre o mercado israelense feito pela entidade. / COLABOROU ISADORA DUARTE
O Estado de S.Paulo - 25/11/2019
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