quarta-feira, 29 de agosto, 2018

Ambiente piora para negócios imobiliários

Composto por percepções como crédito, macro economia, demanda, confiança e atratividade de investimento, o indicador que mede o ambiente de negócios para construção fechou o segundo trimestre em queda. Em uma escala que vai de 0 a 10, a nota média do setor foi 4,3.Os dados foram divulgados ontem (28) pelo Radar Abrainc-Fipe, pesquisa feita pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).De acordo com o indicador, ao término de junho, as condições para investimento e retorno na construção estavam piores que em março. Ao fim do primeiro trimestre o indicador ainda estava abaixo da zona de indiferença (5 pontos) ficando em 4,5.O principal motivo para o desconforto do empresário no segundo trimestre foi a Atratividade de Investimento Imobiliário, que caiu 2,1 pontos entre o fim do primeiro para o fim do segundo trimestre.Em março, o indicador estava em 8 pontos, um dos mais bem avaliados em uma lista de 16 pontos. Três meses depois, no entanto, o indicador caiu para 5,9. Outra questão que tem tirado o sono dos empresários é a renda comprometida do brasileiro. Nesse quesito, o indicador de Massa Salarial (demanda) chegou a 0, em uma percepção totalmente desfavorável. Na contrapartida, em março o indicador de Atratividade do Financiamento Imobiliário – que diz respeito à oferta de crédito – estava em 0 ponto. Em junho, o indicador chegou a 1, o que já reflete as quedas verificadas nos bancos públicos e privados nos juros para compra de imóveis residenciais. “Pesaram no comportamento da nota média geral do Radar os recuos observados em indicadores do ambiente macroeconômico e demanda, influenciados, em alguma medida, por eventos de natureza conjuntural [como a paralisação dos caminhoneiros], que afetaram a atividade econômica e a confiança dos agentes no período”, detalhava o relatório da Abrainc. Os economistas da entidade ainda ressaltam que o resultado do último trimestre, apesar de ainda refletir as incertezas da economia e da política, começa a dar sinais de recuperação, já que os números estão melhores que no ano passado. “Em um horizonte mais amplo, é possível evidenciar sinais de recuperação em quase todas as dimensões monitoradas”, completa a análise.No segundo trimestre foram lançadas 25.681 unidades habitacionais no País, um aumento de 41,5% sobre um ano antes. As vendas de imóveis novos reportadas pelas associadas, por sua vez somaram 29.003 unidades no segundo trimestre (aumento de 7,7% na comparação com o mesmo período de 2017). O destaque nas vendas entre abril e junho se deu entre os imóveis do Minha Casa Minha Vida, em que as vendas saltaram 41,3%.
DCI - 29/08/2018
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