segunda-feira, 12 de novembro, 2018

Iochpe-Maxion avança no mercado internacional

Com 75% da receita proveniente de operações internacionais, a multinacional brasileira Iochpe-Maxion, de rodas e componentes automotivos, aposta na expansão de mercados ao redor do mundo para continuar crescendo em 2019. Em entrevista ao DCI, o presidente e CEO da companhia, Marcos S. de Oliveira, disse que o cenário é positivo para o ano que vem, principalmente diante da expansão de capacidade e construção de novas fábricas em mercados como América do Norte e Índia. “Continuaremos investindo em regiões com potencial de crescimento como pilar básico para impulsionar a receita da companhia.” A Iochpe, que completa 100 anos de existência em 2018, possui 31 fábricas no mundo. No Brasil, são duas unidades de rodas de aço; duas de rodas de alumínio; duas de componentes estruturais e mais duas voltadas para o setor ferroviário – joint ventures com companhias norte-americanas.“Começamos o processo de internacionalização em meados de 2008, o que se intensificou em 2012 com duas aquisições importantes. Percebemos lá atrás que, para ganhar escala e não depender do mercado brasileiro, é importante produzir onde a demanda está”, acrescenta o executivo.A empresa reportou lucro líquido consolidado de R$ 93,4 milhões no 3º trimestre deste ano, contra prejuízo de R$ 28,7 milhões de um ano antes. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 311,9 milhões de julho a setembro de 2018, alta de 41,7% na mesma base de comparação. “Trabalhamos para diminuir o nível de alavancagem com a redução dos custos. Além disso, temos um hedge natural porque produzimos onde vendemos”, detalha Oliveira. No México, a empresa está expandindo a capacidade de sua fábrica de rodas e construindo uma unidade de estampados com vistas para o mercado da América do Norte. Na Europa, a empresa também está ampliando a oferta produtiva de rodas, bem como na Índia, onde está levantando uma planta fabril de rodas de alumínio. Já no Brasil, a Iochpe teve que readequar sua estrutura diante da crise que o setor automotivo passou nos últimos anos. “Hoje, a utilização média da capacidade nas plantas locais é de 75%, mas em rodas de alumínio, por exemplo, gira em torno de 90% com a crescente demanda pelo produto.”Brasil O presidente da Iochpe conta que, apesar de se tratar de uma indústria cíclica, com períodos de altos e baixos, o setor automotivo provavelmente viveu sua crise mais prolongada de 2014 a 2017. “Ninguém imaginava a magnitude do problema”, assinala Oliveira.Para atravessar o período de retração, ele ressalta que a empresa cortou custos, trabalhou na melhora contínua das operações – como aproveitamento total das sobras de matérias-primas – e repasse integral do aumento dos insumos como aço, por exemplo.Para 2019, o executivo enxerga o mercado doméstico com otimismo, com expectativa de aumento da demanda de veículos leves e pesados.Ainda neste cenário, a empresa conta com o otimismo trazido pelo decreto que institui o Rota 2030, nova política industrial para o setor. “Na nossa visão, o mais importante dessa aprovação é a previsibilidade que a indústria deve ter. As empresas poderão se planejar para um período mais longo”, esclarece Oliveira. Para o médio e longo prazo, a Iochpe está desenvolvendo novas tecnologias, como sensores para captar dados nas rodas. “Estamos trabalhando nesse tipo de inteligência porque esse é o futuro.”
DCI - 12/11/2018
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