sexta-feira, 14 de julho, 2017

Importação de cápsulas de café se recupera e cresce 61% no 1º semestre

A crise econômica, que havia afetado duramente as importações brasileiras de café torrado e moído no primeiro semestre do ano passado, já afeta menos o setor nos primeiros seis meses deste ano. Os gastos com as importações de cápsulas subiram 61% no primeiro semestre, para US$ 37 milhões, ante US$ 23 milhões de janeiro a junho de 2016, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Apesar desse salto, as compras externas feitas pelas empresas que atuam no Brasil apenas retornaram ao patamar de igual período de 2015, quando as importações haviam atingido US$ 36 milhões nesse mesmo período. As exportações brasileiras de café torrado e moído também tiveram recuperação, mas os números indicam a pouca importância desse setor na cadeia do café no Brasil. Apesar de ser o líder mundial em exportações de café verde, o país não consegue desenvolver um mercado externo para o produto industrializado. De janeiro a junho, as vendas externas brasileiras de café torrado atingiram US$ 7,24 milhões, acima das de igual período do ano passado, mas bem distante dos US$ 35 milhões de 2008, quando o país vinha ganhando mercado externo para esse segmento de café. Dados divulgados pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) nesta semana indicam que as exportações brasileiras de café verde atingiram 29,2 milhões de sacas na safra 2016/17 (julho a junho). Já as vendas de café torrado e moído somaram o correspondente a apenas 28,9 mil sacas, um volume igual ao da safra imediatamente anterior. As vendas de café solúvel, correspondentes a 3,6 milhões de sacas, também ficaram estáveis nas duas últimas safras, conforme os dados da entidade. DE ONDE VEM O movimento de aumento tanto das exportações de café industrializado como o das importações ocorre, em parte, porque algumas empresas brasileiras mandam o seu produto para ser colocado nas cápsulas no exterior. Os principais fornecedores de café industrializado para o Brasil são Suíça, Itália e França. Os suíços foram responsáveis por 47% do produto que entrou no Brasil. Os italianos tiveram participação de 28% e os franceses, de 7%. Já os principais mercados para o produto industrializado brasileiro foram Estados Unidos, Argentina e Venezuela.
Folha de São Paulo - 14/07/17
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