sexta-feira, 07 de julho, 2017

Abisolo prevê alta de 13% nas vendas

São Paulo - A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) reduziu a projeção de crescimento do faturamento do setor para 12% a 13% neste ano em relação a 2016. A estimativa inicial era de alta de 23% .
No ano passado, o setor de fertilizantes especiais vendeu R$ 5,8 bilhões, alta de 12% sobre um ano antes. Caso a previsão se concretize, o faturamento deste ano chegará a R$ 6,5 bilhões. "Percebemos que estávamos muito otimistas", diz o diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Abisolo, Anderson Nora Ribeiro. Apesar da redução, as vendas devem ficar dentro da média histórica.
Ele explica que a redução na estimativa se deve ao recuo nos preços das commodities, principalmente da soja e do milho. A oleaginosa, por exemplo, caiu de R$ 73,67 em novembro passado para R$ 64,39 no final de junho, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). "Isso afeta o otimismo do produtor e a quantidade de investimento em inovação", avalia. A soja é a cultura que mais utiliza os fertilizantes especiais, respondendo por 40% do mercado, depois aparece o milho (13%) e legumes e verduras (11%).
Ribeiro ainda cita como fator a dificuldade de acesso ao crédito. "Os critérios mais rigorosos e as contrapartidas afastam os produtores", destaca. Com isso, ele projeta um incremento na procura por crédito junto às empresas. Para as companhias de grande porte esse é um cenário normal, mas pode ter um peso maior para as empresas menores.
"Como temos um prazo curto para pagamento da matéria-prima - que precisa ser paga em até 28 dias - e concedemos prazo ao produtor de 200 dias para pagamento, isso pode ser um problema para as empresas de menor porte", conta. Segundo ele, em muitos casos as empresas precisam segurar as vendas diante das restrições ao crédito.
Vendas
Ele salienta ainda que as vendas devem se concentrar entre julho e setembro. "Quase 70% dos negócios é composto por fertilizantes foliares, aplicados após o plantio e, portanto, tradicionalmente adquiridos mais tarde." Os fertilizantes organominerais representam 13,2% das vendas e os condicionadores de solo, 9,4%.
O setor conta com 459 empresas do setor, das quais 96 são associadas a Abisolo. Do total de companhias, 36,8% tiveram um faturamento inferior a R$ 2 milhões, 18,1% tiveram resultado entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões.
Ribeiro afirma que a concentração que ocorre nos setores de agroquímicos, por exemplo, começa a chegar no segmento de especiais. "Há dez anos não tínhamos esse movimento, ele ainda levará algum tempo, mas começou", salienta. "Há também um interesse de fundos de investimento no segmento".
DCI - 7/7/17
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