terça-feira, 19 de julho, 2016

Cervejarias rivais estão de olho na Brasil Kirin

Cinco anos após comprar a Schincariol, o grupo japonês Kirin vê seus ativos no Brasil virarem alvo de grandes cervejarias internacionais – entre elas Heineken, Ambev e Carlsberg. Desde que assumiu o grupo, por mais de R$ 6 bilhões, a Kirin viu sua posição se enfraquecer; hoje, sua capacidade instalada é bem maior do que suas vendas. Entre as opções estão a venda total dos ativos ou um “fatiamento”, dizem fontes.
A holandesa Heineken estaria de olho em todos os ativos de bebidas da Kirin, apurou o jornal Estado de S. Paulo, embora a negociação ainda não seja formal. Uma fonte afirmou, porém, que representantes da Heineken tiveram uma reunião com a Kirin no Japão, no fim de junho, para tentar definir bases para uma negociação formal.
O apetite da Heineken é grande, pois a empresa viu sua posição global ser enfraquecida após a união entre AB InBev e SAB Miller, que hoje dominam cerca de 30% do mercado global de cervejas. Dentro do portfólio global de bebidas da Kirin, o principal interesse da Heineken é o Brasil. A holandesa, que entrou no País após a compra da Femsa, conseguiu crescer e solidificar sua marca como “premium” e superar a Kirin em termos de vendas, com 9,4% do setor.
Entre as demais candidatas pelo ativo, a Carlsberg poderia usar a Kirin para finalmente se estabelecer de forma relevante no País. Para a Ambev, a alternativa seria adquirir, por um preço baixo, as fábricas da Kirin para vendê-las posteriormente, com a meta de proteger sua posição de domínio de dois terços do setor.
Procuradas, Heineken, Carlsberg e Ambev não comentaram. Em nota, a Kirin “nega toda e qualquer especulação sobre sua posição estratégica”.
Supermercado Moderno
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