terça-feira, 19 de abril, 2016

Alcatel tenta reaquecer mercado de smartphone barato

Uma das cinco maiores vendedoras de smartphones no Brasil, a chinesa Alcatel - antiga Alcatel One Touch, controlada pela TCL - quer ampliar a participação do varejo em suas vendas. Também chamados de desbloqueados, os aparelhos vendidos no varejo têm ganhado mais representatividade no Brasil na medida em que as operadoras reduziram os descontos oferecidos aos clientes para a compra de telefones. De cada dez smartphones vendidos no Brasil em 2015, sete eram desbloqueados.
Na Alcatel, a proporção foi inversa - só 30% de vendas no varejo. "Ampliamos o número de parceiros de 14 para 50 e passamos de 3 mil para 10 mil pontos de venda no país", disse, ao Valor, Fernando Pezzotti, gerente-geral da Alcatel para o Brasil. Vindo da Samsung, o executivo assumiu o posto há quatro meses, depois que seu antecessor, Enrique Ussher, foi promovido à vice-presidência para a América Latina. Na região, Roberto Soboll, que nos últimos cinco anos esteve na Samsung, assumiu a diretoria de produtos da Alcatel.
Para ampliar sua presença no varejo, a fabricante quer se aproveitar de um "vácuo" deixado no mercado com a alta do dólar e algumas mudanças no perfil dos consumidores. Desde o ano passado, os smartphones baratos, que puxaram o crescimento das vendas nos últimos anos, deixaram de ser o principal foco dos fabricantes. Assim, a demanda por modelos na faixa de até R$ 600 ficou menos atendida. De acordo com a empresa de pesquisa IDC, em 2015, o preço médio dos smartphones no Brasil ficou em R$ 880, sendo 17% a mais que em 2014.
Hoje, a empresa vai lançar novos modelos com preços entre R$ 499 e R$ 899 e telas de quatro e seis polegadas. Até o fim do ano, a Alcatel vai praticamente dobrar o número de modelos oferecidos no Brasil, passando de cinco para nove. No segundo semestre, também vai lançar modelos com preços mais altos. "A ideia é ter uma linha de produtos ampla, atendendo diversas faixas de preços. Competir com os produtos mais caros é mais difícil, mas estaremos nessa faixa também", disse Pezzotti. A faixa de preços que a empresa pretende atuar ainda não está definida.
Mas os telefones não são os únicos produtos que a companhia que vender no Brasil. Relógios inteligentes, acessórios e dispositivos conectados à internet estão nos planos. Eles serão vendidos por meio de uma loja virtual mantida pela própria Alcatel. "A loja será uma referência da marca", disse Pezzotti.
Valor Econômico
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