terça-feira, 16 de fevereiro, 2016

Embalagens tradicionais de juta de 60 kg estão sendo substituídas por big bags com capacidade de uma tonelada

As tradicionais sacarias feitas à base de juta, que comportam 60 kg de café, utilizadas no transporte, armazenamento e exportação do produto pelo nosso país, estão sendo substituídas paulatinamente por big bags de polipropileno com capacidade de uma tonelada e, também, por contêineres revestidos internamente com polietileno, cuja capacidade é de até 21,6 toneladas. Esse é um dos destaques do Relatório Internacional de Tendências do Café do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras – UFLA, uma das dez instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.
Segundo o Relatório, a previsão é que mais da metade das exportações brasileiras de 2016 serão feitas nessas duas modalidades de embalagem do café. Com os big bags e o embarque a granel em contêineres, há uma redução expressiva no custo da logística de exportação e de mão de obra, além de permitirem rapidez no carregamento e descarregamento dos grãos com a preservação da qualidade do café.
Outro destaque do Bureau é que as cápsulas estão em fase de ascensão e são cada vez mais consumidas pelos brasileiros, o que tem levado empresas a instalarem fábricas desse produto no país. De 2013 a 2014 o volume de vendas de café em cápsulas no país cresceu 52,4%. Atualmente são mais de 70 empresas atuantes nesse segmento com seus próprios produtos, frente a oito companhias que atuavam até 2014.
Com relação ainda ao consumo crescente de cápsulas de café verificado no Brasil, o Relatório aponta que pequenas e médias empresas têm percebido nos jovens um público-alvo de grande consumidor, devido ao aumento de renda e melhor nível de escolaridade. Além disso, a relação entre as marcas e esses consumidores é facilitada por meio das mídias sociais, e-commerce e outras tecnologias, que também têm contribuído para o aumento das vendas. Dessa forma, o sucesso na comercialização de cápsulas no Brasil promete crescimento ainda maior nos próximos anos, com redução de custos e praticidade em todo o processo de venda e consumo.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café – ABIC mencionados no Relatório do Bureau, espera-se que as receitas desse segmento no país aumentem de R$ 1 bilhão, em 2014, para R$ 3 bilhões, até 2019. Acresce-se a essa informação que o valor agregado nas vendas atrai as torrefadoras e pequenas empresas, pois a receita obtida com as cápsulas atinge um valor em média até 30 vezes maior que os ganhos com o torrado e moído no varejo.
O Bureau estrutura suas análises em quatro grandes itens no Relatório: Produção, Indústria, Cafeterias e Insights. Em relação especificamente à produção, destaca e analisa o estado da arte dos principais países produtores da América Central, América do Sul, África e Ásia. E quanto à indústria, além de apontar que as monodoses e as cápsulas estão em fase de expressivo crescimento no Brasil, destaca também as grandes empresas que atuam nos outros continentes e suas principais estratégias de promoção e marketing. Estudos similares são feitos com as principais cafeterias e multinacionais que atuam no mundo cafeeiro nessas regiões.
ABRE
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