quinta-feira, 16 de julho, 2015

Cepêra prevê fim de ano mais fraco

A Cepêra, fabricante de alimentos de médio porte, já trabalha com perspectiva de vendas mais fracas para os produtos de maior valor agregado no final do ano.
De acordo com o presidente da Cepêra, Décio Filho, a expectativa é que a venda desses itens tenha queda entre 2% e 3%, enquanto o volume vendido de produtos básicos deve avançar 8%.
"Produtos como aspargos e champignons tiveram uma pequena queda no volume [este ano]. Produtos básicos como molho de tomate e goiabada., porém, apresentaram crescimento. Já os produtos relacionados ao fim do ano como cerejas e figos em calda esperamos estabilidade. Se cair, será pouco", diz.
No ano, a empresa espera alta de 7% no volume de vendas, alavancado pelas vendas das categorias básicas.
O executivo destaca que a marca sempre se posicionou como uma alternativa mais barata em relação às líderes de mercado, com preços em média 10% menores, e por isso evita ao máximo reajustes, para não perder competitividade.
"Esse posicionamento nos favorece mais em crises, quando a renda do consumidor está menor e ele procura alternativas para economizar", afirma.
Ele lembra, entretanto, que a Cepêra tem sofrido o impacto da desvalorização do real no custo com matéria-prima importada. Para garantir a rentabilidade, a empresa aumentou o percentual de repasse para a tabela de preços este ano. Tradicionalmente reajustada apenas em janeiro, com percentuais em torno de 5%, a tabela terá dois aumentos este ano.
O primeiro repasse ocorreu em fevereiro com elevação média de 9% nos preços. Com o segundo reajuste, previsto para esse mês, a tabela ficará em média 13% mais cara este ano.
"No segundo semestre, a alta nas tarifas de energia e o câmbio devem continuar pressionando os custos, mas não temos previsão de reajustar mais, para não perder espaço para a concorrência. Além disso, intensificamos as ações para reduzir custos na linha de produção", explica o executivo.
Embalagem
Segundo ele, apesar do posicionamento de preço ser parte importante da estratégia, a empresa segue investindo em produtos de maior valor agregado este ano.
"Criamos uma nova linha de condimentos, com os mesmos produtos, mas embalagens diferentes para trazer um portfólio de maior valor agregado ao varejo", cita. O objetivo da Cepêra é ganhar espaço no segmento de produtos premium, onde concorrentes como a Heinz já estão consolidadas.
"Vimos que a concorrência está maior este ano e por isso aumentamos investimentos em marketing para tornar a marca mais conhecida."
Décio Filho observa que, além da retração no consumo, o aumento da disputa pelo mercado regional é o principal fator que tem elevado a competição no setor.
"As fabricantes regionais conseguem preços melhores pela proximidade com os pontos de vendas e as grandes estão ampliando ações fora dos grandes centros para alavancar as vendas este ano", detalha.
DCI
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