Produtos de higiene e beleza deverão ter alta média de 10,2% ao ano até 2019

O consumo no Brasil atingirá R$ 4,5 trilhões em 2019, segundo pesquisa da Mintel intitulada Estilos de Vida do Consumidor Brasileiro. De acordo com o levantamento, apesar da crise econômica, alguns segmentos seguem em expansão nos próximos quatro anos. Entre eles, estão o de beleza e cuidados pessoais e o de limpeza da casa. “Essas categorias ainda terão boas projeções de crescimento até 2019 embora numa escala menor do que no passado. O consumidor já está optando por produtos mais simples e básicos”, afirma Renata Moura, analista sênior de pesquisa de consumo da Mintel.
Beleza e cuidados pessoais
De acordo com o levantamento, entre 2015 e 2019, o mercado de beleza e cuidados pessoais deve apresentar crescimento médio anual de 10,2%, atingindo os R$ 107,30 bilhões em 2019. No peeríodo de 2010 a 2014, a alta anual foi de 13%. A menor expansão se explica pela alta da inflação e dos impostos e pela desaceleração do crédito e da renda.
O estudo também constatou que os cosméticos terão crescimento bem superior, de 63% entre os anos de 2014 e 2019. “Como batons são baratos, assim como esmaltes, eles ainda são acessíveis em tempos difíceis e podem ser vistos por muitas consumidoras como um 'agrado'. Para complementar as oportunidades de crescimento, também há os itens de cuidados da pele. Os consumidores buscam por inovação”, explica Renata.
Cuidados com a casa
De 2014 até 2019, os produtos para cuidados do lar terão crescimento de 42%, alcançando consumo total de R$ 32,2 bilhões em 2019. Nesse caso, boa parte da expansão é justificada pelo maior acesso a equuipamentos como máquinas de lavar louça e roupa, entre outros. Isso puxa o consumo de produtos como detergentes e amaciantes, por exemplo. “A população brasileira tradicionalmente gosta de ter a casa sempre limpa e cheirosa. Esse hábito cultural também impulsionou o mercado de produtos para cuidados da casa nos últimos anos, principalmente pela nova classe média. Os próximos anos serão marcados por um crescimento positivo, porém no cenário econômico atual os brasileiros talvez tenham que optar por produtos com preços mais acessíveis”, completa Renata Moura.