quinta-feira, 11 de junho, 2015

Crise não diminuiu apetite dos brasileiros por produtos de beleza

A crise não tem diminuído o apetite dos brasileiros por produtos de beleza. Mesmo comprando itens mais baratos, consumidores de ambos os sexos não deixam de cuidar da pele e dos cabelos. O mercado de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) registrou crescimento nominal de 11% em 2014, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Terceiro maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, o setor no País fechou o ano com faturamento de R$ 101,7 bilhões. As empresas brasileiras são responsáveis por mais de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e representa 9,4% do consumo mundial.
O segmento de perfumaria, do qual o Brasil é líder global, movimenta mais de R$ 17,1 bilhões, enquanto o de desodorantes, R$ 11,5 bilhões. Entre as principais categorias, o Brasil figura como 2º maior consumidor mundial de produtos masculinos, infantis e para cabelos. O segmento infantil, por exemplo, nos últimos cinco anos, obteve crescimento médio de 14%, alcançando faturamento de R$ 4,5 bilhões em 2014. Os dados são da Abihpec.
Atento a esse mercado, o empresário Adriano Kume, dono do salão Isabella Cristine, no bairro Prado, região Oeste da Capital, viu na marca paulista de maquiagem e esmaltes Dailus Color uma oportunidade. Famosa nas redes sociais e com vendas através de lojas multimarcas e salões de beleza, além do comércio on-line, a marca vai ganhar sua primeira loja exclusiva em Sete Lagoas, na região Central do Estado.
A ideia surgiu após uma parceria, de quase um ano, em que os produtos eram vendidos no salão. "Vamos oferecer ao público atendimento diferenciado, com uma equipe treinada por uma profissional da Dailus, formada por quatro vendedoras e uma gerente. O objetivo é que as vendedoras sejam verdadeiras consultoras em maquiagem", explica Kume.
A escolha de Sete Lagoas veio mesmo por oportunidade. A primeira ideia era abrir uma loja em Belo Horizonte, mas negociações com o grupo administrador do Shopping Center Sete Lagoas levaram o empreendimento para a cidade da região Central.
A expectativa é de que, em oito meses, o investimento de R$ 110 mil seja recuperado. A abertura de outras unidades já está nos planos. As cidades de maior interesse são Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Uberlândia, no Triângulo, Juiz de Fora, na Zona da Mata, além da Capital.
O modelo de negócio adotado foi o de franquia. Kume e seu sócio, Luiz Fernando Monteiro, são os primeiros franqueados da Dailus e devem atuar no futuro como uma espécie de masterfranqueados. "Essa é uma experiência pioneira. Fizemos a proposta para a Dailus e formatamos o projeto de franquia juntos, com apoio da LM Distribuidora. O modelo prevê lojas de shopping para aproveitar o fluxo de pessoas. Cosméticos são produtos muito ligados ao sentimento de recompensa e os malls fomentam a compra por impulso. Como o nosso tíquete médio é baixo, e os produtos de muita qualidade, somos menos suscetíveis à crise. De certa forma, esse período de crise também nos ajuda porque as mulheres freqüentam menos o salão e passam a fazer maquiagem e as unhas em casa", completa o empresário.
Diário do Comércio - MG
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