As entregas de fertilizantes ao consumidor final no país voltaram a recuar de maneira expressiva em novembro. Conforme levantamento divulgado hoje pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), as vendas do insumo no Brasil totalizaram 2,5 milhões de toneladas no mês passado, queda de 9,7% em relação a novembro de 2014.
Com isso, as entregas no acumulado de janeiro a novembro de 2015 somam 28,18 milhões de toneladas, 6,7% a menos que no mesmo período do ano passado. A diferença vinha diminuindo desde maio, quando a baixa na comparação com o acumulado do ano anterior era de 12%, e chegou a 5,9% em setembro. Nos últimos dois meses, contudo, o ritmo de queda nas vendas voltou a ganhar força — em outubro, a baixa foi de 6,4%.
A valorização do dólar ante o real desestimulou as compras de adubos pelos produtores brasileiros nesta safra 2015/16, uma vez que encareceu os produtos — a maior parte trazida do exterior, porque o Brasil não produz internamente todo o volume que necessita do insumo.
Os fertilizantes nitrogenados registram a queda mais significativa este ano: de 11,4%, para 3,14 milhões de toneladas. Os fosfatados apresentam redução de 10,7%, a 4,54 milhões de toneladas, e os potássicos, de 5,9%, a 4,78 milhões de toneladas.
Conforme o esperado, Mato Grosso, principal produtor nacional de grãos, continuou na liderança das entregas, com 5,26 milhões de toneladas, seguido pelo Paraná (3,67 milhões) e Rio Grande do Sul (3,48 milhões).
A produção brasileira de fertilizantes intermediários, por sua vez, cresceu 12,7% em novembro, para 785,6 mil toneladas. No acumulado do ano, a elevação é de 4%, para 8,37 milhões de toneladas, de acordo com a Anda.
Mais uma vez, tanto as importações quanto as exportações de adubos do país caíram nos primeiros 11 meses do ano. A Anda apontou que as compras externas do insumo recuaram 12,2%, para 19,82 milhões de toneladas, enquanto os embarques foram reduzidos em 20,8%, a 489,8 mil toneladas.
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