quarta-feira, 21 de outubro, 2015

Vendas de fertilizantes voltam a reduzir queda no acumulado do ano

Apesar do recuo em setembro, as entregas de fertilizantes ao consumidor final no país voltaram a reduzir o ritmo de queda no acumulado de 2015, o que confirma a progressiva recuperação da demanda em meio ao baque provocado pela escalada do dólar e a consequente diminuição do uso do insumo pelos produtores brasileiros.
Levantamento divulgado hoje pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) indica que as vendas do insumo no Brasil atingiram 3,77 milhões de toneladas em setembro, baixa de 3,6% ante o mesmo mês de 2014. Com isso, as entregas nos nove primeiros meses de 2015 totalizaram 22,33 milhões de toneladas, 5,9% a menos que em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Essa queda já foi bem maior: chegou a 12% em maio e veio baixando gradativamente.
A alta do dólar sobre o real desestimulou as compras de adubos pelos agricultores do país na atual safra 2015/16, uma vez que deixou mais caros os produtos — a maior parte deles trazida do exterior, porque o Brasil não produz internamente todo o volume que necessita do insumo.
Os fertilizantes fosfatados, que foram a categoria mais impactada nos últimos meses, deram lugar aos nitrogenados em setembro, já refletindo a menor demanda para a safrinha de milho (que será plantada no início de 2016) e também para o algodão, a cana-de-açúcar e o trigo. As entregas de adubos nitrogenados recuaram 10,1%, para 2,45 milhões de toneladas. Já os fertilizantes fosfatados e os potássicos apresentaram redução de 9,4% e 6%, para 3,28 milhões e 3,74 milhões de toneladas, respectivamente.
Maior produtor de grãos do país, Mato Grosso seguiu concentrando o maior volume de vendas de janeiro a setembro, com 4,48 milhões de toneladas, seguido pelo Paraná, com 3,09 milhões, e Rio Grande do Sul, com 2,63 milhões de toneladas.
Favorecidas pela contínua valorização do dólar, que tira a competitividade das importações de fertilizantes, a produção nacional do insumo subiu 3,2% no acumulado deste ano, para 6,73 milhões de toneladas. Tanto as importações quanto as exportações recuaram: a primeira, com uma queda de 11,3%, para 16,02 milhões de toneladas, e a segunda, baixa de 14,7%, a 445,6 mil toneladas.
Valor Economico
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