quarta-feira, 24 de setembro, 2014

Philips sai da produção de lâmpada incandescente

Centro e vinte e três anos após a primeira unidade sair de sua linha de produção, a Philips deixará de fabricar lâmpadas incandescentes. A decisão faz parte do plano de cisão de suas operações em duas e buscar um maior potencial de crescimento na área de tecnologia de saúde.
O grupo holandês de produtos eletrônicos disse ontem que vai transformar suas operações de iluminação em uma companhia separada - encerrando mais de um século de atuação como conglomerado de produtos eletrônicos -, mantendo uma unidade de tecnologia de saúde para a produção de itens como barbeadores elétricos e equipamentos hospitalares.
A Philips também disse que vai considerar "estruturas de controle alternativas com acesso direto aos mercados de capitais" para o novo grupo independente de iluminação - incluindo uma oferta pública inicial de ações.
Frans van Houten, executivo-chefe, disse que a administração da Philips não adotou a medida de maneira leviana, dada sua condição de uma das mais antigas companhias de produtos eletrônicos do mundo: "Trata-se de uma decisão muito importante, em razão de nossa forte herança".
A decisão vai romper a ligação histórica entre as operações eletrônicas remanescentes da Philips e suas origens no século XIX de fabricante de lâmpadas incandescentes. O grupo holandês foi fundado em Eindhoven, em 1891, por Gerard Philips e seu pai Frederick, transformando-se em um conglomerado global. "As boas empresas precisam se reinventar para permaneceram relevantes", diz van Houten.
Nos últimos dez anos, a Philips ficou mais enxuta, numa tentativa de melhorar sua fraca taxa de crescimento. Em 2006, desmembrou sua divisão de semicondutores - que hoje se chama NXP Semiconductors - e, em 2012, vendeu suas operações com televisores. Mas a empresa disse que os lucros ajustados antes dos juros, impostos e amortização para o resto da empresa no segundo semestre de 2014 deverá ficar "ligeiramente abaixo" do ano passado.
Ontem, os investidores receberam bem a cisão proposta, levando a ação da Philips a subir 3,5% para € 24,35.
Valor Econômico - 24/09/2014
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