segunda-feira, 01 de setembro, 2014

Mondial vai produzir tablets em Manaus

Com investimento de R$ 4 milhões, a fabricante de eletroportáteis Mondial acaba de inaugurar uma fábrica em Manaus. A nova unidade tem como foco a produção de equipamentos de áudio e vídeo e também de tablets.
Com ela, a companhia vai deixar de importar produtos como aparelhos de DVD, de som portátil e home theaters que chegavam ao país importados desde que a companhia entrou nesses segmentos, há dois anos. "Há um espaço deixado pelas grandes marcas na categoria de produtos mais baratos, sem tanta tecnologia agregada. E é aí que queremos avançar", disse ao Valor, Giovanni Cardoso, fundador e presidente da companhia.
Em relação aos tablets, o executivo disse acreditar que, apesar da intensa competição no segmento de equipamentos de preço mais baixo, onde a Mondial pretende atuar, é possível encontrar um espaço. "É um mercado de 10 milhões de unidades por ano", disse. De acordo com ele, a Mondial tem pedidos garantidos de 250 mil unidades de dispositivos. A meta é chegar a uma participação de 5% do mercado até o fim do ano. A estimativa é que sejam vendidos 10,7 milhões de tablets em 2014.
Segundo Cardoso, inicialmente, o espaço da fábrica de Manaus será alugado, mas a busca por um terreno próprio já está em andamento. "Começa pequeno, mas queremos montar uma grande indústria", disse.
A fábrica de Manaus, que começa a funcionar com 150 pessoas, e chegará a 300 até junho, é a segunda da Mondial. A outra unidade, localizada na cidade de Conceição do Jacuípe, interior da Bahia, emprega praticamente a metade da mão de obra disponível na cidade, de cerca de sete mil pessoas, e produz liquidificadores, batedeiras e ferros de passar roupa, entre outros utensílios.
Criada em 2000 com um catálogo de seis produtos, a Mondial tem hoje um portfólio de 257 itens (400 levando em consideração variações de cores e tensão elétrica), divididos em seis categorias: ferramentas, cuidados pessoais, portáteis, ventilação, áudio, vídeo e ferramentas. A companhia não divulga sua receita.
Segundo Cardoso, o próprio varejo tem demandado que a companhia entre em alguns segmentos, como o de ferramentas, ou o de tablets. "Nós temos o relacionamento e a rede de assistências técnicas, que dá segurança para as redes", disse. O executivo diz acreditar, no entanto, que a atual linha de produtos é o ideal para a companhia. De acordo com ele, não há planos de entrar em segmentos como TVs, PCs e eletrodomésticos.
Recentemente, a companhia fechou acordo com um distribuidor para levar seus produtos para a Espanha. A Mondial já está presente nos Estados Unidos, Paraguai, Panamá e Uruguai. Segundo Cardoso, as vendas internacionais representam 1% da receita e devem chegar a no máximo 3% nos próximos anos. "É muito complicado investir lá fora e a demanda aqui no Brasil é muito grande", disse.
Valor Econômico - 01/09/2014
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