terça-feira, 13 de maio, 2014

Vendas de remédios sobem 16% no primeiro trimestre

As vendas das farmacêuticas no Brasil cresceram 15,8% no primeiro trimestre, alcançando R$ 14,8 bilhões. No período foram vendidos 724,3 milhões de medicamentos, o que representou uma alta de 9,6% ante o mesmo período do ano passado.
Segundo dados da consultoria IMS Health o mês de março foi o de melhor resultado no trimestre, quando a indústria vendeu R$ 5,2 bilhões. “O nível de emprego e renda da população brasileira não caiu e isso ajuda muito o setor. Ainda temos classes sociais que não compravam remédios e agora começam a comprar”, diz Nelson Mussolini, presidente-executivo do SINDUSFARMA, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo.
O levantamento mostra que o maior crescimento da receita nos três primeiros meses do ano se deu no segmento dos genéricos, que continua puxando o desempenho da indústria. As empresas fabricantes de genéricos venderam R$ 3,6 bilhões no período, alta anual de 21%. Foram 202 milhões de unidades comercializadas destes medicamentos, o que representou um avanço de 28%. A receita com os remédios de marca, por sua vez, cresceu 17%, enquanto as vendas dos produtos de referência avançaram 11%.
Para Telma Salles, presidente da Pró Genéricos, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, é fator fundamental para o crescimento dos genéricos o maior acesso da população aos medicamentos e a maior oferta dos produtos: os genéricos cobrem hoje 95% das patologias elencadas pelo Ministério da Saúde como as que mais acometem a população brasileira. Dados da Pró Genéricos com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) mostram que existem 436 moléculas de genéricos disponíveis no mercado, com 21.151 apresentações. Em fevereiro de 2008, o mercado tinha 331 moléculas, com 13.002 apresentações.
“Com o aumento do portfólio de genéricos, as marcas dos fabricantes têm cada vez mais se consolidado no mercado”, explica a executiva. Segundo o IMS Health, o grupo EMS, do empresário Carlos Sanchez, continua líder no ranking dos maiores produtores de genéricos do país, seguido da Medley (da francesa Sanofi) e da Neo Química (da Hypermarcas). No ranking geral, o maior laboratório do país em receita é também o grupo EMS, seguido da Neo Química e do Aché.
O IMS Health mostra que, em março, a participação dos genéricos nas vendas totais do setor ficou em 25%, enquanto os medicamentos de marca representaram 45% dos resultados, e os de referência, 30%. Para Telma, diante do bom desempenho, os genéricos devem encerrar este ano com participação de 30%.
Apesar de a indústria farmacêutica ter crescido na comparação anual, na comparação com o quarto trimestre de 2013, os resultados recuaram. Como revela o levantamento, em valores, as vendas caíram 2,3%, enquanto em unidades, perderam 1,9%. “Esta é uma variação normal do mercado, pois o último trimestre do ano é mais forte naturalmente”, explica Mussolini. O executivo prevê que as vendas das farmacêuticas devem crescer entre 10% e 12% neste ano. No ano passado, o setor registrou receita de R$ 57,6 bilhões, alta de 16%.
ABRE - Associação Brasileira de Embalagem - 12/05/2014
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