quarta-feira, 19 de março, 2014

Em Manaus, Midea faz forno micro-onda

A chinesa Midea, que já produz aparelhos de ar condicionado em Manaus, começou a fabricar fornos micro-ondas. A empresa investiu R$ 5 milhões para criar cinco modelos de fornos voltados para o mercado brasileiro.
Com opções de 20, 25 e 30 litros, e preços entre R$ 289 e R$ 399, a linha Liva chega para disputar mercado na faixa de produtos que representa 70% das vendas no Brasil. "[Apesar da presença de marcas consolidadas] Há espaço para coisas novas", disse, ao Valor, Carlos Renck, presidente da Midea Carrier para Brasil, Argentina e Chile. A chinesa opera no Brasil por meio de uma joint venture criada em 2011 com a americana Carrier.
Segundo Renck, entre as novidades da linha está um botão de autolimpeza do aparelho. Basta colocar um copo com água e uma rodela de limão dentro dele e apertar a tecla para fazer o processo. O momento, segundo Renck, é propício para o lançamento: o Dia das Mães é a segunda data mais importante do ano para a venda desse tipo de aparelho, depois do Natal. "No médio prazo [cerca de cinco anos], queremos estar entre as líderes em cinco anos", disse Renck.
Os micro-ondas começaram a ser produzidos na fábrica da Midea em Manaus em janeiro e o primeiro lote já chegou ao mercado. De acordo com o executivo, quando a unidade foi montada, o investimento de R$ 60 milhões já previa a adição de novas linhas de produtos, além dos equipamentos de ar condicionado, que respondem por cerca de 95% de suas vendas.
Desde a joint venture com a Carrier, a Midea já expandiu sua atuação para produtos como bebedouros, fornos elétricos, adegas e frigobares, que ela importa. Também importava aparelhos de micro-ondas de uma linha mais cara. Segundo Renck, com os produtos feitos no Brasil, a ideia também é reforçar a operação nesse segmento de padrão mais elevado.
Segundo Renck, em 2013, a Midea Carrier teve uma receita bruta equivalente a R$ 2,2 bilhões no Brasil, no Chile e na Argentina, um aumento de mais de 20% em relação a 2012. A expansão foi expressiva por conta das temperaturas mais altas registradas durante o ano. Para 2014, ele diz não acreditar que essa taxa de crescimento possa ser repetida. A meta é avançar a dois dígitos, mas o executivo cita como impedimentos o cenário econômico mais complicado e também a previsão de temperaturas mais amenas para o ano, que vai reduzir a demanda por equipamentos de ar condicionado.
Valor Econômico - 19/03/2014
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