sexta-feira, 03 de maio, 2013

Souza Cruz fecha trimestre com receita estável e alta no lucro

Em meio a uma forte queda no volume de cigarros vendidos no primeiro trimestre, a Souza Cruz reduziu custos e despesas para garantir a rentabilidade.
Apesar da receita estável em relação a um ano antes, em R$ 1,42 bilhão, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) avançou 4% nos três primeiros meses de 2012, para R$ 705 milhões.
O lucro líquido registrou alta de 2,6% na mesma base de comparação, para R$ 454 milhões, em linha com o resultado preliminar e não auditado divulgado no dia 19.
Os custos de produção da Souza Cruz caíram 5,3%, levando o lucro bruto a uma alta de 2,4%, para R$ 1 bilhão. A margem operacional subiu 1,6 ponto percentual, para 70,5%.
As despesas administrativas de com vendas, por sua vez, caíram 0,9%, para R$ 338,9 milhões e a relação entre Ebitda e receita passou de 47,9% no primeiro trimestre de 2012 para 49,7% no mesmo período deste ano.
Os gastos com pagamento de juros, por sua vez, impediram um avanço maior na última linha do balanço. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 6,2 milhões contra ganhos de R$ 22,3 milhões com aplicações financeiros nos três primeiros meses do ano passado.
Volume em queda
O volume de vendas de cigarros teve forte recuo de 23,4% sobre um ano antes, para 14,1 bilhões de unidades — número que surpreendeu o mercado na divulgação dos resultados preliminares. Com os sucessivos aumentos de IPI implementados desde 2011, o volume de vendas têm caído, mas o recuo do começo do ano surpreendeu.
No relatório que acompanha o balanço, a direção da Souza Cruz reforçou que a queda não deve se repetir na mesma magnitude ao longo dos próximos trimestres.
Segundo a companhia, o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) implementado em janeiro fez com que os varejistas antecipassem suas compras no fim de 2012 para recompor estoques sob os preços menores.
Ainda de acordo com a Souza Cruz, apesar da forte queda na comercialização, houve ganho de mercado em relação à concorrência. Ao fim de março, a empresa tinha participação de 77,2%, alta de 3,3 pontos percentuais em relação a um ano antes — o que sugere que o produto contrabandeado ganhou espaço no período.
A política de reajustes de preços acima do aumento dos tributos e o fato em marcas com maior valor agregado, no entanto, garantiram a estabilidade do faturamento com a venda de cigarros, que ficou em R$ 1,1 bilhão.
O segmento de exportação de fumo também apresentou queda dos volumes, de 6,3% em relação a um ano antes. A receita gerada pela divisão recuou 8%, para R$ 242 milhões.
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