segunda-feira, 06 de maio, 2013

Fabricante de tintas prevê ligeira recuperação em 2013

Após um ano de vendas estagnadas, as indústrias produtoras de tintas preveem ligeira retomada para 2013. Fortemente dependente do setor de construção civil, as empresas estimam um crescimento de 3% do volume para este ano, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). "Nosso setor sempre registrou um histórico bom de resultados, ano após ano, com crescimento acima do PIB, impulsionado por importantes programas do governo, como o Minha Casa, Minha Vida, além do segmento automobilístico", disse Dilson Ferreira, presidente da Abrafati.
No ano passado, o faturamento do setor ficou em US$ 4,28 bilhões, recuo de 5% sobre 2011. Em volume, as vendas se mantiveram em 1,398 bilhão de litros. Desde o início dos anos 2000, o setor de tintas tem registrado crescimento sustentável. Em 2000, as vendas em volume ficaram em 830 milhões de litros e o faturamento em US$ 1,52 bilhão.
As tintas imobiliárias respondem por cerca de 80% dos volumes comercializados. Em receita, a fatia desse setor ficou em 64% em 2012. O setor automotivo também tem participação importante - 4% do volume e 7% da receita total. Já tinta para repintura automobilística fica com 4% do volume e 8% da receita. As tintas para indústria em geral (eletrodomésticos, móveis, autopeças, naval, aeronáutica, manutenção) representam 12% do volume e 21% do faturamento.
Apesar da expectativa de recuperação para este ano, o desempenho deste primeiro trimestre ainda deixa a desejar. "As vendas do setor nos primeiros três meses do ano não foram nada animadoras. Os volumes recuaram 3% em relação aos primeiros três meses do ano passado", afirmou Ferreira.
A pressão inflacionária, por conta do aumento dos custos, tem preocupado as indústrias desse segmento. O pacote de incentivos para o setor químico, anunciado na semana passada, não terá um impacto direto para as indústrias de tintas, segundo a Abrafati. "Esse pacote beneficia o segmento petroquímico básico. Nós estamos na ponta [da cadeia]", disse Ferreira. Entre as medidas anunciadas pelo governo esta a redução do Pis/Cofins de 5,6% para 1% já para este ano. Essa medida vale até 2015 e, em 2016, o tributo volta aos poucos para o patamar original.
As fabricantes acompanham atentas às discussões na Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobre o aumento de imposto de importação de uma série de produtos, entre elas matérias-primas importantes para o setor. "Foi apresentada uma lista de 250 insumos, dos quais 100 itens poderão ter aumento de alíquota. Do nosso setor, se forem incluídos produtos como dióxido de titânio [pigmento branco], resina epóxi e n-butanol, por exemplo, nossos custos vão subir ainda mais." Segundo ele, o país não é autossuficiente na produção desses insumos. Um grupo de trabalho, envolvendo toda a cadeia, para discutir a lista de insumos da Camex. "Apresentamos nossa preocupação e estamos esperando uma resposta do governo", disse.
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