sexta-feira, 24 de maio, 2013

Bayer investirá R$ 152 milhões no Brasil em 2013

SÃO PAULO - O executivo Marijn Dekkers, presidente global da Bayer, disse que a multinacional tem importantes lançamentos para 2013 na área farmacêutica no país e no mundo, com um vasto “pipeline” (produtos em desenvolvimento) em medicamentos inovadores.
Marijn Dekkers, presidente global da Bayer
Com grande participação na área de agronegócios no Brasil, os atuais preços altos das commodities ajudam a elevar a expectativa de vendas da empresa na área Cropscience (agronegócios), uma vez que as cotações em elevação estimulam o aumento da área plantada para grãos, a exemplo de soja e milho, no Brasil.
Para este ano, a companhia planeja investimentos de R$ 152 milhões no Brasil. Além da divisão de medicamentos, os aportes também serão destinados aos negócios químico e agrícola (defensivos e sementes), importantes áreas de atuação da companhia no país.
Em 2012, o faturamento do grupo foi de R$ 5,7 bilhões no país, alta de 26% sobre igual período anterior. A expectativa para este ano é manter o ritmo de crescimento acima de dois dígitos.
O Brasil é o quinto maior mercado da empresa no mundo e o maior na América Latina. No ano passado, a receita global ficou em 39,76 bilhões de euros. No primeiro trimestre de 2013, a receita global do grupo foi de 10,3 bilhões de euros, alta de 3,7% sobre igual período do ano passado.
Se globalmente os segmentos farmacêutico e saúde (“health care”) representam a maior fatia de seu faturamento, no Brasil é o contrário. Dos R$ 5,7 bilhões, farma fica com 29%. A divisão Cropscience fica com 56%.
Marijn Dekkers disse que as duas áreas vão continuar puxando as vendas do grupo no Brasil. "São duas áreas muito comparáveis porque envolvem cientistas que desenvolvem moléculas, tanto para plantas como para saúde humana. São dois segmentos lucrativos para o grupo", disse.
A empresa não descarta fazer aquisições no país no segmento Cropscience (agronegócios). Dekkers disse que prevê crescimento acima de dois dígitos para os próximos anos em vendas da Bayer no Brasil.
"A crise econômica mundial atingiu muitos grupos no mundo. Na Europa ainda é um desafio. Nos EUA, estamos olhando uma recuperação do mercado. Os países emergentes têm grande potencial para expansão", disse Dekkers.
Na área agrícola, o grupo atua com a venda de defensivos e também sementes. Ele acredita que o potencial agrícola no país é maior para expansão para a Bayer do que nos EUA, por exemplo, um mercado gigante para agricultura. No entanto, segundo Dekkers, o mercado americano está mais estabelecido do que no Brasil.
Para o executivo, as áreas de defensivos e sementes têm igual potencial de crescimento para a Bayer no Brasil.
Aquisições
O presidente da Bayer no Brasil, Theo Van der Loo, disse que analisa oportunidades para aquisições no segmento farmacêutico. No entanto, segundo o executivo, não há negociação em curso no momento. "Depende dos ativos, valores, portfólio [de medicamentos]. Tudo isso é avaliado", afirmou.
Segundo ele, a área de Cropscience poderá ter um crescimento maior que o avanço geral da Bayer no país neste ano, em torno de 10%, na comparação com 2012.
No segmento químico, no qual a Bayer também atua, Loo afirmou que as recentes medidas do governo de desoneração tributária devem ajudar a estimular os investimentos nesse segmento. "Sofremos concorrência forte de produtos importados da China", disse.
Para Marijn Dekkers, presidente global da companhia, o Brasil tem condições em poucos anos de se tornar o quarto maior mercado da multinacional no mundo. Atualmente, o país é o quinto maior mercado. "Hoje cedo estávamos fazendo projeções sobre isso e percebemos que o país tem potencial de crescer", disse.
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