sexta-feira, 01 de fevereiro, 2013

CEO põe Brasil no centro da ambição e dos investimentos da Peugeot-Citroën

Após 20 anos de operação da primeira fábrica do Grupo francês Peugeot-Citroën (PSA) no Brasil, a companhia está pronta para alcançar um novo patamar no mercado brasileiro. Em Porto Real, no Rio de Janeiro, a empresa vai produzir, além do hatch 208, o utilitário esportivo 2008. Os dois modelos compartilham a mesma plataforma do Novo C3. O hacth 208, aliás, deverá ser o carro com maior volume de montagem já em 2014.
“Há exato um ano esse modelo foi lançado na Europa e essa coincidência é um símbolo da estratégia de internacionalização das marcas do Grupo. Para se ter uma ideia, nosso plano de ter 50% de nossas vendas fora da Europa em 2015 já está perto de ser concluído. No ano passado, 38% dos negócios foram destinados fora do continente, um salto se comparado com 2009, quando 24%”, disse o presidente mundial do Grupo PSA, Phillippe Varin. Segundo ele, o Brasil é um dos países essenciais para o sucesso dessa estratégia. “Por isso, em nossa parceira com a General Motors (GM) vamos priorizar os estudos de um novo modelo para a América Latina. O Brasil está no centro dos investimentos e ambições de nosso Grupo”, ressaltou o executivo.
Os planos da parceria incluem minivans, utilitários esportivos médios e os subcompactos. E os esforços do Grupo no país devem surtir efeito já neste ano. O 208 é prova disso. A companhia já gastou mais da metade dos investimentos previstos para o país. Os aportes de R$ 3,7 bilhões devem ser usados entre 2010 a 2015 em. Somente com o 208, foram aplicados R$ 800 milhões. “É um modelo que não substitui o 207. Esse veículo será um complemento de nossa linha. Acreditamos no sucesso do carro, tanto que somente este ano temos a programação para produzir 55 mil unidades do modelo, dos nove em montagem nesta fábrica”, disse o presidente do Grupo PSA para a América Latina, Carlos Gomes.
Segundo ele, para começar a produzir o 208 no Brasil- esta é a segunda fábrica no mundo que recebeu o modelo- foi necessário a importação domaquinário (ferramental) específico para o modelo. A unidade também recebeu novas áreas de soldagem à laser e mais 83 robôs na chaparia. “Hoje, produzimos 32 veículos por hora e no final deste ano chegaremos a 40 carros/hora. Estamos prontos para esse novo patamar que pretendemos atingir no mercado brasileiro”, disse o executivo.
A estratégia do Grupo para o país prevê também a importação de modelos da Argentina. Segundo Gomes, a companhia já estuda a produção do sedã 301 na fábrica próximo a Buenos Aires. “No final do ano chega o maquinário para a montagem do 2008 no Brasil e com isso não temos como substituir modelos já existentes no país para a entrada em produção do 311. A Argentina é um alternativa para o Grupo”, ressaltou o Gomes. No ano passado, a companhia viu suas vendas despencarem 16% e em Porto Real foram produzidos 100 mil unidades. “2012 passamos por um período de transição. Tivemos uma parada acima do programado na fábrica em função da ampliação da capacidade. Isso nos prejudicou no mercado brasileiro. Mas, na América Latina tivemos ganhos em nossas vendas”, disse o executivo.
Para este ano, Gomes acredita que as duas marcas do Grupo podem aumentar as suas vendas no país entre 10% a 15%. A produção deverá alcançar cerca de 150 mil. “Já tivemos uma melhora nos pedidos já neste início de ano, por isso o otimismo em relação ao crescimento das vendas. Outra prova de que estamos confiantes são os investimentos feitos pela nossa rede de concessionários que, além de aportar no aumento de lojas, vão aplicar recursos na qualificação de pessoal e na reforma de algumas casas”, disse Gomes. Somente a Peugeot deve fechar este ano com 181 revendas no país, 10 a mais que em 2012.
Brasil Econômico
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