segunda-feira, 28 de novembro, 2022

Pesquisa mostra que marcas ainda não priorizam idosos

Apesar de estar caminhando para formar quase a metade da população brasileira e corresponder a quase 20% do consumo do país, os idosos ainda não são foco das marcas. Levantamento feito pela agência de relações públicas e marketing norte-americana FleishmanHillard em 2021, mostra que a economia prateada é a terceira maior atividade econômica do mundo, responsável por movimentar US$ 7,1 trilhões por ano.
No Brasil, esse público consome R$ 1,7 trilhão por ano. Esse volume continuará aumentando conforme o grupo se expande. Segundo projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), até 2100 a porcentagem de idosos no país subirá para 40,3% da população. Na projeção da FleishmanHillard, até 2060, serão 73 milhões de idosos no Brasil. Para se ter uma ideia, a população brasileira atualmente é estimada em 213 milhões de pessoas.
Ainda que seja um segmento trilionário, os idosos não são prioridade das marcas que têm como foco a geração Z e os Millenials, embora ainda não tenham grande poder aquisitivo.Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstra que, de modo geral, o poder aquisitivo de pessoas com mais de 65 anos é maior. Eles correspondem a 17% da fatia dos 5% mais ricos, enquanto representam 4% da grande fatia de 40% mais pobres.
De acordo com Michelle Queiroz, fundadora da Rede Longevidade, ONG que produz conteúdos educativos sobre envelhecimento saudável, o envelhecimento ainda é novidade no Brasil e é normal ter dificuldade para entender essa cultura, tanto no impacto econômico quanto no social. Ela avalia que há muitas possibilidades que estão sendo alteradas para essa revolução e ressalta que as empresas não estão olhando para isso.
Para Márcia Sena, fundadora do Senior Concierge, empresa que oferece serviços a pessoas com mais de 60 anos, a velhice não é vista como algo atrativo e digno de divulgação. Ainda que cada vez mais pessoas da terceira idade sejam ativas, trabalhem, administrem as finanças do lar e tenham mais renda no geral.
Pesquisa realizada pela agência FleishmanHillard, mostra que 72% dos idosos entrevistados reconhecem um despreparo nas lojas, e outros 65% disseram que não acreditam na adequação de marcas para atender às suas necessidades. Enquanto isso, 52% afirmaram ter dificuldades para encontrar produtos que atendam suas vontades.
Para especialistas, as empresas que adotarem estratégias colocando os idosos como foco terão um adicional competitivo significativo, já que esse público deve continuar a se ampliar.
https://www.savarejo.com.br/detalhe/reportagens/pesquisa-mostra-que-marcas-ainda-nao-priorizam-idosos SA Varejo - 25/11/2022
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