quarta-feira, 31 de março, 2021

Confiança empresarial sofre forte queda em março

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 5,6 pontos em março, para 85,5 pontos, segundo divulgou nesta quarta-feira (31) a Fundação Getulio Vargas. Trata-se do menor nível desde julho de 2020 e da sexta queda mensal consecutiva.
Com o resultado, a média do 1º trimestre ficou 6,1 pontos abaixo da média do trimestre anterior.
“Com a piora do quadro de pandemia no país, a confiança empresarial sofre um forte recuo em março. Além da intensificação da tendência de desaceleração do nível de atividade que já se observava nos meses anteriores, houve um expressivo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses, afetando as perspectivas de vendas e de contratações”, avaliou Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do FGV/Ibre.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
A confiança de todos os setores que integram o ICE diminuiu em março.
"A confiança do Comércio despencou, ficando abaixo da confiança de Serviços, que já estava muito baixa em fevereiro. A distância entre a confiança da Indústria, em queda mas ainda elevada, e a dos demais setores atingiu um recorde histórico em março", destacou o pesquisador.
- Incertezas
Pela terceira vez consecutiva, houve recuo tanto do índice que mede a percepção sobre o quadro atual quanto do índice que reflete as expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cedeu 4,6 pontos, para 88,8 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 8,6 pontos, para 83,2 pontos.
Segundo a FGV, a confiança empresarial avançou em apenas 24% dos 49 segmentos integrantes o índice em março, uma piora da disseminação frente aos 37% do mês passado. A indústria teve 42% dos segmentos em alta, enquanto serviços e construção registraram menos de 20%. No comércio, nenhum segmento teve alta da confiança.
"Com a piora da pandemia ficou evidente este mês que a recuperação econômica será morosa na melhor das hipóteses e lembrando que em março também foi o mês onde se iniciou o ajuste da Selic pelo BCB para tentar enfrentar a inflação. Fora estes fatores, há no ar uma certa apreensão sobre o clima político que se tornou mais nebuloso", avaliou o economista da Necton, André Perfeito.
G1 - 31/03/2021
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