quarta-feira, 08 de maio, 2019

Renovação do parque de máquinas estimula alta projetada de 4,5% para o setor

A demanda interna tem puxado o desempenho da indústria de máquinas e equipamentos, cuja receita líquida no primeiro trimestre avançou 6%. Para 2019, o setor prevê expansão de 4,5% . “O mercado doméstico está fazendo atualizações no parque, os equipamentos estão sendo substituídos. As exportações puxam a receita para baixo, mas o câmbio tem um efeito positivo no faturamento”, declarou a gerente de competitividade, economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Maria Cristina Zanella, em evento nesta terça-feira (07). No primeiro trimestre, as exportações registraram queda de 11,7%. “Os EUA se tornaram o principal comprador do Brasil, muito em função da crise na Argentina”, assinalou o economista da entidade, Maurício Medeiros. Em março, a exportação do setor registrou o primeiro resultado positivo do ano, tanto em relação ao mês anterior (+27,2%), como ao mesmo período do ano anterior (+0,6%). Com isso, a queda do trimestre foi amenizada. Além da recessão da economia argentina, também foi registrada queda nas vendas para outros países da América do Sul e para China. O nível de utilização da capacidade instalada ficou 0,4% acima do resultado acumulado do primeiro trimestre de 2018. Apesar da melhora, a indústria de máquinas e equipamentos continua trabalhando com alto índice de ociosidade – de 23,8%. A carteira de pedidos apresentou melhora de 15,6% no acumulado do ano. Medidas de transição O presidente da Abimaq, João Carlos Marchesan, declarou que, em encontros recentes com o presidente da República, Jair Bolsonaro, reafirmou o apoio do setor à reforma da Previdência, mas destacou a necessidade de medidas de transição para aquecer a economia. “Defendemos que o governo destrave investimentos para que se comece a entregar crescimento econômico no curto prazo.” Ele acredita que a infraestrutura pode ser a chave para gerar emprego e renda no País. “É preciso que o Estado seja um indutor de investimentos. O crescimento não vai ocorrer pelo consumo, pois boa parte das famílias está endividada e o desemprego ainda está alto”, avalia o dirigente.
DCI - 08/05/19
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