quinta-feira, 12 de julho, 2018

Pizzarias atravessam transformação digital e almejam clientes conectados

Com o objetivo de se adaptar aos novos hábitos de consumo, as redes de pizzarias brasileiras almejam aumentar a participação dos canais digitais em suas vendas totais a fim de fisgar os clientes mais conectados e também aqueles menos propensos a sair de casa para jantar fora.“Temos percebido que essa tendência de vendas online é algo que vem crescendo muito. Nosso investimento em tecnologias dessa natureza é de R$ 5 milhões”, declarou ao DCI o diretor-geral da rede de pizzarias Domino’s Brasil, Edwin Júnior. Segundo o executivo, o e-commerce do negócio foi implementado há dois anos no mercado e, atualmente, a participação destas plataformas mobile nas vendas totais da rede equivale a 12%. “Nossa meta é atingir um percentual de 50% nos próximos dois anos”, revela Júnior. Ele explica que a rede de pizzarias criou uma plataforma própria, batizada como Pulse, de gerenciamento destas vendas virtuais. “Hoje, cerca de 11 das nossas lojas estão com o sistema implementado”, argumentou Júnior, ressaltando os investimentos nos canais digitais tem resultado em um aumento de 20% no tíquete médio gasto pelos clientes. O executivo destaca a “venda sugestiva” de ingredientes antes do usuário terminar a compra, o que auxilia no crescimento da receita. Como redução de custos, o diretor-geral aponta que a possibilidade de o cliente realizar o pedido de forma online e retirá-lo no próprio balcão do negócio faz com que não haja necessidade de contratar motoqueiros e atendentes de telefone. Porém, um dos desafios mencionados por ele é o fato de que algumas regiões do País ainda carecem de boas conexões de internet. Além disso, Júnior diz que a chegada dos marketplaces de foodservice – como por exemplo o iFood – foram importantes para a criação dessa cultura de delivery. Em termos de volume de comercialização, de acordo com ele, a rede Domino’s vende diariamente em torno de 25 mil pizzas. Nesta última terça-feira, em razão do “Dia da Mundial da Pizza”, esse montante subiu para 32 mil pedidos. Em linha ao posicionamento de Júnior, o sócio da rede de pizzarias 1900 Pizzeria, Erik Momo, o volume de vendas por meio do delivery tem aumentado “desde 2011”, segundo o empresário. “Temos aplicativo próprio não apenas para vendas, mas também para o relacionamento com o cliente por meio do envio de planos de fidelização”, afirmou Momo. Lançado no na metade do ano passado, o aplicativo da rede tem participação em 20% das vendas. No entanto, o empresário afirma que os pedidos pela plataformas mobile têm certas “limitações” e que as vendas por meio do telefone podem ser personalizadas, por exemplo. Ele complementa que o aplicativo está passando por atualizações e agora possibilita que o pagamento seja feito online. No ano passado, o faturamento da rede foi de R$ milhões. Para este ano, a estimativa é de R$ 40 milhões em termos de receita. Outra rede de pizzarias que está atenta ao crescente números de delivery é a Pizza Hut. De acordo com o gerente-geral da rede, Saddy Nardino, atualmente, os pedidos de entrega representam cerca de 20% das vendas totais. Existe a expectativa de que esse número aumente para 60% “nos próximos anos”, comenta. “Hoje trabalhamos tanto com vendas por meio do site, aplicativo próprio e também no iFood”, afirmou Nardino. De acordo com ele, as perspectivas de vendas aumentaram após a eliminação do Brasil da Copa do Mundo, com maior fluxo de clientes em shopping centers. Hoje, a rede tem cerca de 180 unidades no Brasil. Nardino afirma que está em curso o desenvolvimento de uma equipe de colaboradores voltada especificamente para a administração das vendas nos canais digitais. O projeto deve entrar em vigor nas próximas duas semanas, segundo ele. No que diz respeito a expansão dos pontos físicos, deve ser concluída – até o final de 2018–, a inauguração de novas 35 unidades, atingindo 215 operações no total. “Até 2023, queremos chegar a 700 unidades”, antecipa. Questionado sobre regiões onde esse movimento de expansão deve ocorrer de modo mais intenso, ele conta que o negócio está mais concentrado em São Paulo, mas que a demanda vai guiar a estratégia.
DCI - 12/07/2018
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