Passado o caos gerado pela paralisação dos caminhoneiros, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) está com o abastecimento normalizado em 70% a 80% de suas lojas e, até terça-feira (5/6), o problema deve estar resolvido em 100% das unidades. A empresa se preocupa agora com o movimento de reajustes de preços dos fornecedores de aves, laticínios e artigos de higiene e limpeza.
“Há categorias de produtos na entressafra, o que já gera uma pressão de preços, e há também um movimento de fornecedores que sentiram aumento dos custos em dólar. Nesse cenário, ainda existem os efeitos da greve. Então seremos mais rigorosos nas negociações, escolhendo fornecedores que compreendam o momento e as dificuldades, e buscando fornecedores que consigam segurar os preços", afirma Jorge Faiçal. diretor executivo comercial do Multivarejo, que inclui as bandeiras Pão de Açúcar e Extra. Segundo o executivo, caso a empresa note aumentos que não fazem sentido, vai comprar volumes menores para atender prazos curtos, passando a buscar melhores alternativas de negociação.
Faiçal faz questão de destacar que na gestão do novo CEO Peter Estermann há grande abertura para troca de informações com os fornecedores. "Estivemos muito próximos deles durante a greve. Usamos nossos caminhões para retirar mercadoria em indústrias, para facilitar o trabalho de todo mundo. Há boas relações comerciais com eles e temos condições de saber se pedidos de aumento fazem sentido ou se há exageros", afirma o diretor.
Supermercado Moderno - 04/06/2018
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