quarta-feira, 28 de junho, 2017

Cambuhy, Itaúsa e Gávea avaliam comprar Alpargatas dos irmãos Batista

A J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, está avançando nas negociações para a venda da Alpargatas, dona da Havaianas. Ontem, a holding anunciou a assinatura de um contrato de confidencialidade com o fundo Cambuhy, braço de investimentos da família Moreira Salles, sócios do Itaú Unibanco. A Itaúsa, empresa da família Setubal, também sócia da maior instituição financeira privada do País, vai participar das análises do ativo. O Estado apurou ainda que o Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, também pode se associar ao Cambuhy e à Itaúsa para avaliar o negócio.
Fontes ligadas à Alpargatas afirmaram que o processo da dona da Havaianas está competitivo, embora o Cambuhy seja apontado como favorito.
Conforme publicou o Estado, boa parte dos fundos de investimentos que olharam a Alpargatas antes de a companhia ser vendida pela Camargo Corrêa à J&F em novembro de 2015, como Tarpon, Advent e Carlyle, têm interesse no negócio. O fundo CVC, que busca ativos no País, também analisa a empresa. Nenhum fundo comentou o assunto. A J&F pagou R$ 2,7 bilhões pela Alpargatas, valor considerado alto à época.
Conversas adiantadas. Os bancos Bradesco e Santander, contratados pelos irmãos Batista para conduzir as vendas da Vigor, devem receber propostas pela empresa láctea até a segunda quinzena de julho. Estão no páreo, além da americana Pepsico, que já tinha demonstrado interesse pelo negócio, a mexicana Lala, a Danone, a americana Coca-Cola e a Kraft Foods, segundo fontes. A Danone informou que não comenta rumores. As outras empresas não retornaram os pedidos de entrevista.
No caso do Eldorado, a chilena Arauco também é considerada a favorita para fechar o negócio. Mas a Fibria, maior companhia de celulose do mundo, também está no páreo, segundo fontes. As empresas não comentam.
Mesmo com acordo de leniência fechado com o Ministério Público Federal, no valor de R$ 10,3 bilhões, fontes afirmaram que os potenciais compradores de ativos dos irmãos Batista vão se resguardar de salvaguardas jurídicas ao fechar os negócios.
Na semana passada, a Justiça Federal de Brasília barrou a venda de ativos do JBS para o Minerva, no total de US$ 300 milhões. Procurada, a J&F disse que não comenta negociações em andamento.
O Estado de S. Paulo - 26/06/2017
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