sexta-feira, 07 de abril, 2017

Boehringer mira bovinos, aves e pets no Brasil

São Paulo - A Boehringer Ingelheim, que até o ano passado só atuava no segmento de suínos no Brasil com seu braço de saúde animal, terá também produtos para bovinos, aves e pets após a aquisição da Merial. Os três segmentos representam 80% do portfólio da farmacêutica.
"Até 2018, a empresa fará 20 lançamentos no mercado brasileiro para os segmentos de pets, avicultura e para bovinos", disse ontem, o presidente da unidade de saúde animal no Brasil, Francisco Escudero, conhecido como Paco Escudero. Dentre os novos produtos, ao menos seis serão voltados para bovinos.
A alemã iniciou 2017 com a conclusão da operação comercial, que envolveu a entrega da unidade de produtos de saúde humana (CHC) para a francesa Sanofi, em troca da divisão de saúde animal (Merial). Assim, a companhia se tornou a segunda maior empresa de saúde animal do mundo - um negócio que representa 25% do faturamento da farmacêutica. Com uma receita líquida de 4,1 bilhões de euros, a companhia perde apenas para a norte-americana Zoetis, que fatura perto de 4,25 bilhões de euros.
A aquisição da Merial, já consolidada no mercado nacional, permitiu que o atual portfólio da Boehringer fosse distribuído entre 35% a bovinos, 25% nos pets, 20% nas aves e de 10% a 15% em suínos. A suinocultura era a única em que a Merial detinha menos que 5% em produtos.
No ano passado, o negócio de saúde animal da companhia registrou faturamento líquido global de 1,46 bilhão de euros, aumento de 8,5% sobre 2015. Para 2017, a expectativa é que a negociação com a Merial mais que dobre o resultado financeiro do segmento.
Febre aftosa
"Nós estamos muito perto de inaugurar a planta de aftosa", destacou o executivo sobre a nova unidade de Paulínia (SP), que aguarda apenas a liberação do Ministério da Agricultura para iniciar a produção de vacinas contra febre aftosa.
Segundo Escudero, o prazo para a aprovação do governo federal vence no final deste ano e até o segundo semestre de 2018 a planta já estará atuando comercialmente.
Vale ressaltar que o governo sinalizou a intenção de autorizar a retirada da campanha de vacinação contra aftosa para cerca de 80 milhões, dos 220 milhões de cabeças do rebanho bovino brasileiro, em meados de novembro de 2018. "Vamos apoiar a decisão do governo, mas nada muda [nos investimentos da fábrica]", acrescenta o executivo.
DCI - 07/04/2017
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