quarta-feira, 15 de fevereiro, 2017

Indústria de pescados cresce 6%, mas investe pouco, diz entidade

A receita da indústria de pescados cresceu 6% acima da inflação em 2016 e chegou a R$ 8 bilhões, segundo a Abipesca, entidade do setor. As empresas, porém, têm tido dificuldade de ampliar seus investimentos na mesma proporção, afirma Eduardo Lobo, presidente da entidade, que foi criada há dois anos para defender os interesses da indústria nacional. "Nossas fábricas estão ultrapassadas. Há novos polos de exploração no Brasil, mas não haverá capacidade de escoar a captura sem a modernização das plantas." O principal pleito do setor para o plano agrícola que está em elaboração pelo governo é a inclusão da indústria em linhas de financiamento usadas pelo agronegócio, com limites e prazos maiores. "Não há isonomia entre as políticas para pescados e para outras proteínas. O governo não tem um plano específico para o setor, os projetos até hoje só se voltaram à pesca artesanal", diz o sócio da Frescatto, Thiago de Luca. Maré baixa - A nova unidade fabril será direcionada a subprodutos da sardinha e do atum. Com o aumento do preço da sardinha, provocado por problemas climáticos na segunda metade de 2016, a empresa viu suas vendas caírem 5% no ano, desempenho abaixo do mercado total, que retraiu cerca de 2,5%, diz ele. "O custo da sardinha local subiu 25%, e, devido à escassez do peixe, tivemos que ampliar a fatia de importados, o que também encareceu." Com a perspectiva de uma safra mais positiva em 2017, a empresa espera se recuperar e crescer 10% neste ano.
Folha de S. Paulo - 15/02/2017
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