quarta-feira, 15 de fevereiro, 2017

Criação de órgão para coordenar setor de gás divide associações

Associações da iniciativa privada que se debruçam sobre como deve ser o modelo de negócios do setor de gás natural têm discordâncias sobre a criação de um órgão de controle do segmento. O governo estabeleceu um grupo de estudos para discutir o mercado, após a Petrobras anunciar que não irá se responsabilizar por toda produção e todo o transporte de gás até as distribuidoras. Associações que formam o grupo ficaram incumbidas de formular uma proposta. Algumas, como a Abraceel (comercializadores de energia) defendem a criação de um órgão como o ONS (Operador Nacional do Sistema) do sistema elétrico, para coordenar produção e transporte. É importante que haja um agente de controle, segundo Alexandre Lopes, diretor da entidade, por causa de uma verticalização no mercado: "Há empresas que produzem gás e também têm gasodutos". Para a Abegás (das distribuidoras), a ideia não funcionaria, diz o presidente Augusto Salomon. "A maior parte da produção de gás, hoje, é associada à do petróleo: quando se extrai um, se captura o outro. Um órgão não pode determinar em qual campo o GLP deve ser produzido." O IBP (de petróleo) defende um agente cuja função seria só de balanceamento do sistema —ou seja, corrigir excessos de gás que entram nos dutos— e da transparência aos volumes movimentados. "É uma necessidade ter um órgão", diz Luiz Costamillan, secretário-executivo do IBP.
Folha de S. Paulo - 15/02/2017
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