segunda-feira, 06 de novembro, 2017

Crise faz subir a venda ilegal de flores

São Paulo - O Dia de Finados, principal data no varejo de flores do ano, pode deixar a desejar em 2017. Além da forte concorrência com os supermercados, o aumento do comércio ilegal de flores por ambulantes pode diminuir em até 45% os ganhos dos lojistas especializados. A expectativa é do Sindicato do Comércio Varejista de Flores e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo (Sindiflores) que levantou, em parceria com a Hórtica Consultoria e Inteligência de Mercado um panorama dos varejistas deste ramo. Segundo os entrevistados, a atuação de ambulantes é responsável por um significativo nível de redução das expectativas de faturamento do comércio florícola regularizado para a data, além do competitivo mercado dos supermercados que devem reduzir os ganhos dos lojistas em 17,1% e 23,9% respectivamente. "Cabe destacar as políticas públicas para combater a proliferação Aedes Aegypti, que resultaram na proibição do uso de vasos com água nos cemitérios, e foram apontadas como redutoras do potencial de vendas", diz o sindicato. Para o período, o tíquete médio esperado é de R$ 24,6, um decréscimo de 11,8% e coloca a cifra ao mesmo nível de 2014. Entre os motivos para a queda, o sindicato destaca também a baixa venda de flores de maior valor agregado, preferência de alguns consumidores de usar flores artificiais. Sobre a forma de pagamento, a previsão é que maior parte das vendas sejam feitas com cartão de crédito (52,9%), seguidas por pagamento em dinheiro (42,9%) e cartão de débito ou boleto bancário (4,2%). Otimismo moderado Apesar de todos os obstáculos, a pesquisa revela que 54% das empresas varejistas de flores e plantas ornamentais esperam vender mais neste ano que em 2016. Para as empresas varejistas que apostam em melhores vendas, o índice médio de expansão observado em relação ao ano passado foi de 7,92%. Entre a parcela de varejistas do ramo que projetam menor valor de vendas somou 26%. O índice médio de decréscimo de vendas observado, em relação a Finados de 2016, foi de 5,95%. As moderadas, que apostam em estabilidade nas vendas somaram 20% das empresas entrevistadas. Entre os que apontam queda ou estabilidade, a crise econômica também pesou bastante.
DCI – 31/10/2017
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