segunda-feira, 13 de julho, 2015

ISS ajusta planos para o mercado brasileiro

A freada na economia faz a companhia dinamarquesa ISS Facility Services pôr em banho-maria os planos de aquisição e a volta à expansão de dois dígitos no Brasil, mas o CEO mundial Jeff Gravenhorst ainda vê espaço para avançar em segmentos específicos. "Há várias oportunidades para crescer", afirma, citando como exemplo a área hospitalar, em que a companhia fechou novos contratos este ano.
Além do setor de saúde, outro foco de expansão é a área de tecnologia, em especial o segmento voltado para o mercado financeiro.
A ISS presta serviços de apoio ao mercado corporativo, como limpeza e manutenção predial, e é controlada pelo Goldman Sachs e pela gestora de private equity EQT Partners. Com operação em 50 países, faturou 74,1 bilhões de coroas dinamarquesas em 2014 (cerca de US$ 11 bilhões). No Brasil, a receita foi de R$ 664 milhões.
Gravenhorst diz que, mesmo no segmento industrial, que tem sofrido mais com o cenário de retração, a ISS pode ganhar contratos com a oferta de múltiplos serviços integrados - uma opção, segundo ele, menos custosa para os clientes do que contratar vários fornecedores para diferentes tarefas.
Em entrevista ao há pouco mais de um ano, o CEO revelou a intenção de adquirir uma empresa de refeições coletivas no país. A companhia atua nesse segmento globalmente, mas não aqui. O objetivo continua de pé, mas o processo deve caminhar mais lentamente em decorrência da deterioração do cenário econômico. "O foco agora é reter os clientes", diz Gravenhorst. As aquisições devem voltar à agenda no próximo ano.
A perspectiva para 2015 é atingir um crescimento orgânico modesto no Brasil, em linha com a projeção de aumento mundial, entre 2% e 4%. Globalmente, a empresa voltou ao lucro em 2014 (o ganho líquido foi de 1 bilhão de coroas dinamarquesas, cerca de US$ 150 milhões), depois de uma reestruturação que incluiu a venda de negócios considerados não principais e encerramento de contratos pouco rentáveis.
A ISS não revela o resultado líquido por país. Mas informa que houve aumento de 19% no lucro operacional na América Latina - o mercado brasileiro representa 44% dos negócios na região - e a margem operacional subiu para 4,8% no ano passado (foi de 3,9% em 2013). Mas o processo de reorganização se refletiu na redução do número de funcionários. No Brasil, passou de 17,4 mil pessoas em 2013 para 16 mil no ano passado
Valor Economico
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