sexta-feira, 10 de abril, 2015

Setor de brinquedos traz os lançamentos para 2015

O setor de brinquedos não sente os efeitos do desaquecimento da economia. Neste ano, a indústria apresenta 1,5 mil lançamentos, a maior parte destinada às vendas do Dia das Crianças e Natal. Parte deles está sendo apresentada na Feira Brasileira de Brinquedos, promovida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) no Expo Center Norte, em São Paulo, até esta sexta-feira (10), apenas para os profissionais do setor.
O G1 esteve no evento e pôde conferir as principais novidades das empresas (
Os fabricantes apostam na tecnologia, sem deixar de lado a tradição. Eles miram em desde os recém-nascidos até os colecionadores já na fase adulta. As opções são voltadas para o entretenimento, além do estímulo da criatividade, do desenvolvimento afetivo e intelectual e da interatividade. Entre as novidades há personagens de desenhos animados e filmes de animação repaginados com mais tecnologia e qualidade e novas funções para estimular a interatividade, bonecas e bichos de pelúcia que comem, falam e respondem a comandos de voz, drones que fotografam, carros que fazem a criança se sentir motorista desde cedo, brinquedos que podem ser jogados também nos smartphones.
O brinquedo mais caro em exibição na feira é o veículo Silverado para duas crianças com peso total de 70kg. O preço sugerido da fabricante Biemme é R$ 3.499, mas nas lojas pode chegar a R$ 5 mil. No veículo só há acelerador, não há freio, mas atinge apenas 4 km/h, para alívio dos pais. É indicado para crianças entre 3 e 6 anos. O carro ainda tem rádio, MP3 e acende os faróis, além de um câmbio que vai para frente e para trás.
Bonecas são líderes
As bonecas e os bonecos são os líderes de vendas - representam 40% dos negócios. Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq, afirma que os brinquedos eletrônicos vieram para ficar, mas os tradicionais também têm grande peso na preferência dos pequenos.
Atualmente, 90% dos brinquedos são baseados nos desenhos animados, por meio de licenciamentos das marcas.
Costa diz que a indústria dos brinquedos teve de enfrentar a concorrência chinesa “para tomar o mercado de volta”. A arma usada foi o lançamento de novidades para atrair os consumidores. A importação caiu 14% em 2014. Colabora para essa queda a alta do dólar, que aumenta os preços dos importados.
Apesar do crescimento de apenas 0,1% do PIB em 2014, o setor não sentiu os efeitos das incertezas no cenário da economia do país. “A gente fez o dever de casa, são 1,5 mil lançamentos este ano e no ano passado foram 1,2 mil. O setor não depende do PIB”, diz. A indústria dos brinquedos aposta no crescimento do consumo. A previsão de faturamento para 2015 é de R$ 5,9 bilhões – crescimento de 15% em relação a 2014. Em 2014, o faturamento foi de R$ 5,1 bilhões, crescimento de 16% em relação a 2013. “O negócio de brinquedos não pode ser comparado à indústria em geral porque cresce a quantidade per capita de brinquedos por criança no ano”, diz Costa.
De acordo com a Abrinq, no Brasil, o consumo per capita em 2014 foram de sete brinquedos por habitante. Nos EUA foram 28, no Japão, 34, e na Europa, 22. “Nascem no Brasil 13 mil novas crianças por dia”, diz Costa. A Abrinq estima que o consumo per capita para 2015 seja de oito brinquedos por habitante.
O setor de brinquedos tem 378 fábricas no país, que empregam 30,7 mil pessoas. Segundo Costa, a indústria não demite há 3 anos.
G1
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