segunda-feira, 23 de março, 2015

Sylvania prevê recuo de 10% no mercado local

A Havells Sylvania, fabricante de lâmpadas e luminárias, prevê retração de até 10% nas vendas para o mercado brasileiro em 2015. Para compensar as perdas, a empresa mira em outros países da América Latina, onde espera crescer na casa dos dois dígitos.
Segundo o presidente da empresa para a América Latina, Tiago Queiroz, a desvalorização do real frente ao dólar, embora tenha encarecido a importação dos produtos, não é o principal fator que tem impactado negativamente os negócios no País.
A empresa, do grupo indiano Havells India, deixou de ter produção local em 2006, quando passou a importar da China, Índia e Europa, onde o grupo mantém fábricas.
"Nosso maior desafio é o mercado de consumo enfraquecido", afirma ele. No ano passado, as vendas da fabricante caíram 15%. Queiroz conta que a empresa espera que o mercado siga com um comportamento recessivo, sem previsão de mudança para os próximos três meses.
Queiroz explica que muitas empresas apostaram em um ano de vendas aquecidas e, como esse cenário não se confirmou, os estoques estão altos desde o ano passado, com preços antigos em vigor.
"Quando as vendas do segmento recuperarem o ritmo, haverá sem dúvida um repasse nos preços", avalia ele.
Os estoques da fabricante, destaca o executivo, estão em níveis controlados, já que os pedidos de importação começaram a ser revisados para baixo ainda no ano passado. Atualmente, as importações em volume estão 30% abaixo do nível registrado no início de 2014. "Essa redução foi gradual, mas esperávamos ver alguma recuperação em janeiro, o que até agora não aconteceu", ressalta Queiroz.
Outras fabricantes do setor, ouvidas recentemente pelo DCI, têm perspectiva diferente para as vendas este ano. Na linha de lâmpadas de LED, a Philips estima alta de 30% nas vendas, já a Taschibra prevê ampliar em 26% o faturamento com as vendas de lâmpadas.
Estratégia
Para garantir o desempenho, a Sylvania tem feito uma seleção menor do mix de produtos importados e aposta nos itens com maior valor agregado, como as luminárias. "Nesse nicho a briga não é só pelo preço, então a concorrência melhora, porque eu consigo trabalhar com o diferencial do meu produto", acredita ele.
Enquanto o mercado brasileiro não dá sinais de recuperação, o executivo conta que o compasso é de espera, mas reforça que não está nos planos da empresa deixar a operação no País. Até o cenário ficar mais claro, a aposta da Sylvania é a exploração dos mercados da Colômbia, Equador e países da América Central.
Em 2014, a fabricante cresceu mais de 20% em volume e valor de vendas na América Latina, para este ano, a expectativa é avançar 15% nesses indicadores, sem incluir o Brasil. "Quando acrescentamos o Brasil na projeção, a expectativa cai para 9% de crescimento, por isso estamos buscando reduzir a exposição ao mercado local neste momento", diz ele.
DCI
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