segunda-feira, 23 de março, 2015

Salton investe na colheita mecanizada de uvas e reduz custos de produção

Pelo valor final de R$ 1,2 milhão, a Salton trouxe a primeira colhedora automotriz do Brasil - que se desloca sem a necessidade de um trator - para sua vinícola gaúcha com o maior potencial de expansão, em Santana do Livramento. O equipamento faz o trabalho que precisaria de 22 pessoas, em uma região onde a mão de obra é escassa.
"No processo produtivo do vinho, a colheita é a etapa em se tem mais gastos por causa da mão de obra e hoje em dia temos dificuldade para encontrar trabalhadores. Essa foi a solução que encontramos para aumentar a produtividade", explica o agrônomo da Salton, Maurício Copat.
Mecanismo
O especialista conta que a máquina colhe por um sistema de vibração que faz com que os grãos caiam para uma esteira e sejam transportados para a parte superior da máquina. É nesta etapa que é feita uma seleção entre os frutos bons e ruins, ou seja, apenas as uvas de melhor qualidade seguem para a preparação do vinho.
"É uma maneira de diminuir o custo do frete e do transporte de um peso desnecessário que engloba caixas plásticas, cascas, sementes e resíduos", destaca o presidente da vinícola, Daniel Salton.
"Outras colhedoras são puxadas por um trator, as chamadas de arrasto", diz Copat em relação a um processo que ainda tem um impacto maior sobre a planta.
Sobre a capacidade de trabalho, estima-se que a máquina colha um hectare por hora, tempo que necessitaria de 22 pessoas para o mesmo resultado. Sendo assim, para lavouras que operam oito horas por dia, são colhidos oito hectares.
Na colheita manual, é retirado o cacho inteiro, não há distinção entre os grãos bons e ruins, que serão separados apenas na etapa seguinte e deverão gerar subprodutos. "O trabalhador rural também pode esquecer de colher todos os cachos e gerar algum tipo de perda para a produção. Com a mecanização, os grãos que não forem utilizados permanecem na lavoura e serão incorporados pelo solo no momento da poda", acrescenta.
Unidade produtiva
A unidade de Santana do Livramento é responsável pelo recebimento das uvas próprias, que, para esta safra, são em torno de um milhão de quilos e das uvas dos fornecedores da região da fronteira.
Desde o início, essa unidade já recebeu investimento de R$ 22 milhões, entre vinhedo, infraestrutura e equipamento. O projeto é uma aposta da Salton no potencial da região da Campanha Gaúcha, considerada a "Califórnia Brasileira" e propícia para elaboração de vinhos e espumantes.
"Esta é a unidade produtiva com a maior capacidade de expansão de áreas, por isso foi escolhida para receber o investimento na colheita mecanizada. Estamos com 120 hectares e podemos chegara a 450, o que para um vinhedo representa muita coisa, em se tratando de uma cultura artesanal, com manejo detalhista", completa o agrônomo.
DCI
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