Importação de cervejas especiais cresce 7% em 12 meses

O mercado de cervejas especiais importadas apresentou desaceleração no ritmo de crescimento neste ano, mas ainda registra uma alta de 7% no acumulado de 12 meses até agosto, aponta levantamento da consultoria Product Audit, especializada na mensuração de dados sobre produtos de alto valor agregado. No mesmo intervalo, a produção nacional de cerveja no país apresentou uma queda acumulada de 3,8%, de acordo com dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) da Receita Federal.
O segmento de cervejas especiais respondeu por 1% do volume de cervejas vendidas no país em 2014, segundo dados da Euromonitor International, com vendas no país próximas a 141 milhões de litros. Nos 12 meses até agosto, a participação aumentou para 1,1%.
Carlos Rodrigo Abar, diretor da Product Audit, disse que entre 2011 e 2014 esse segmento apresentou crescimentos mais fortes, da ordem de 36% ao ano. Em 2015, no entanto, o crescimento está menor, devido ao aumento da base de comparação e à retração econômica. "As importadoras têm buscado negociar preços menores com fornecedores internacionais, para tentar manter o volume e os preços de vendas", afirmou.
A pesquisa também revelou um aumento de 5,6% no número de rótulos importados, chegando a 978 marcas disponíveis no país neste ano. De acordo com a consultoria, entre 2010 e 2014 chegaram ao país 2.206 rótulos, e desses, 892 deixaram de ser importados (40% do total). "As importadoras costumam trazer volumes pequenos e de diferentes rótulos para serem testados e as linhas que têm pouca procura são deixadas de lado. Mas a tendência é que essa rotatividade diminua", disse Abar.
O executivo também observou que as linhas mais importadas foram as cervejas especiais belgas e americanas, que quase dobraram em volume de importações. Em relação aos tipos, as cervejas premium à base de trigo (weizenbier) e de cevada maltada ("strong ale") são as que mais crescem.