sexta-feira, 13 de junho, 2014

Fabricante anuncia aumento de até 8%

Fabricantes brasileiros de papel-cartão estão anunciando aumentos de preço de até 8% para a tabela válida a partir de agosto, na esteira da elevação dos custos com insumos, com destaque para a energia elétrica. Em nota, a Ibema, terceira maior fabricante de cartões do país, confirmou o movimento.
Segundo fontes do setor, a Suzano Papel e Celulose e a Klabin estariam avaliando a aplicação do aumento. Procurada, a Suzano não se pronunciou sobre o assunto. Já a Klabin, líder de mercado, reafirmou que não comenta preços.
Segundo a Ibema, três itens de sua linha serão reajustados entre 6% e 8% a partir de agosto. "O acréscimo acompanha o movimento da indústria de papel-cartão, que sente as pressões de custos com um forte aumento nos preços de energia e outros insumos de fabricação", informou.
O último reajuste anunciado pela empresa, de 12%, ocorreu em setembro de 2013. De acordo com o presidente da Ibema, Nei Senter Martins, o novo aumento repassa somente uma parte da elevação dos custos, que estão pressionados pela alta dos preços dos insumos.
"Essa estratégia de repasse parcial ocorre porque o mercado não consegue absorver as necessidades da indústria. O mercado está difícil, o consumo é controlado e os estoques de materiais estão altos, tanto nas gráficas como nos usuários finais", disse ao Valor, em entrevista por e-mail.
Em teleconferência com analistas, em 12 de maio, o diretor da unidade de negócio de papel e celulose da Suzano, Carlos Aníbal, afirmou que não havia previsão de novo reajuste naquele momento. "Os aumentos do primeiro trimestre foram implementados e pode haver algum resíduo ainda no segundo trimestre. Mas não há expectativa, neste momento, de novo reajuste", afirmou.
Em relatório que acompanha o balanço do primeiro trimestre, a Suzano informou que o preço líquido médio do papel-cartão ficou em R$ 2.940 por tonelada no intervalo, 16,3% acima do verificado um ano antes e 3,9% maior do que o apurado no quarto trimestre, considerando-se os mercados interno e externo. Olhando apenas para o mercado doméstico, a tonelada de cartão foi negociada em média por R$ 3.088, 11,2% acima do preço médio de um ano antes e 6,4% maior que os R$ 2.902 do quarto trimestre. O segmento de cartões representou 12% da receita líquida trimestral da Suzano Papel e Celulose, que foi de R$ 1,4 bilhão.
Já a Klabin informou que as vendas de cartões recuaram 2% no primeiro trimestre, na comparação anual, para 161 mil toneladas, "devido principalmente à necessidade de formação de estoques previamente à parada prolongada da máquina 9 de cartões para o desgargalamento", que ocorre neste mês. A área de cartões representou 35% da receita líquida trimestral da companhia, de R$ 1,203 bilhão.
Valor Econômico - 13/06/2014
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