segunda-feira, 31 de março, 2014

Indústria de higiene e beleza tenta barrar mudança tributária

A Abihpec (Associação Brasileira da Industria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) vai apresentar ao governo na segunda-feira (31/3) um estudo feito pela consultoria LCA que mostra que uma eventual mudança na cobrança de PIS e Cofins do setor causaria um impacto de 0,37% na inflação. Os reajustes de preços chegariam a 24% acima do IPCA em alguns produtos, afirma o presidente da entidade, João Carlos Basilio, que nas últimas semanas tem discutido intensamente com os associados. Presidentes de grandes companhias também estarão presentes na reunião com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogerio Caffarelli.
A movimentação do setor se deve à sinalização de que o governo pode transferir a cobrança de PIS e Cofins das fabricantes para as distribuidoras. A medida faria parte de um pacote para compensar a alta do custo energético, por conta do acionamento das termelétricas. Hoje os tributos incidem sobre o preço de venda dos produtos da indústria para a distribuidora, que comumente pertence ao mesmo grupo.
"A gente entende que esse não é o caminho e espera que o governo tenha bom senso", diz Basilio. A comitiva vai ressaltar na reunião a "agenda positiva" do setor, como o emprego de 5 milhões de pessoas direta e indiretamente - 80% mulheres -, a construção de novas fábricas, o investimento anual de R$ 4,5 bilhões em marca e a contribuição do setor para saúde e bem estar. Segundo Basilio, a mudança afetaria a capacidade de investimento das companhias. "O setor não tem elasticidade para conseguir elevar preços e demoraria de dois a três anos para se recuperar", afirma. A média de tributação no setor é de quase 40%.
SM
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