segunda-feira, 22 de julho, 2013

Lucro da Phillips mais que triplica no 2º trimestre

A holandesa Royal Philips aumentou sua eficiência e, apesar de um nível maior de impostos sobre o resultado, conseguiu mais que triplicar o lucro líquido durante o segundo trimestre, na comparação com os mesmos meses do ano passado, para 317 milhões de euros. A alta foi superior a 210%.
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O ganho em vendas, porém, não foi tão intenso. A receita líquida do grupo ficou em 5,65 bilhões de euros, o que significa crescimento de 1,5% em mesmas bases. A maior expansão foi observada na área de consumo, que fabrica televisões, DVDs e outros eletroeletrônicos — seu faturamento subiu 12,8%, para 1,08 bilhão de euros.
Mas a principal divisão da companhia continuou sendo a de equipamentos médicos. Sua receita foi de 2,36 bilhões de euros, o que, por outro lado, representa queda de 2,1%. O segmento de iluminação registrou alta de 1,1%, para 2,05 bilhões de euros, e o de inovação e serviços, baixa de 5,8%, para 161 milhões de euros.
O câmbio foi o maior vilão para o desempenho da Philips no trimestre. Seu faturamento perdeu 1,2 ponto percentual com a oscilação das moedas nos mercados em que atua, na comparação com o euro. Excluindo esse efeito, a receita teria crescido 2,5% no período.
Mais rentabilidade
Mas a holandesa ganhou nos três meses com a redução de seus gastos. O custo de produtos vendidos, por exemplo, recuou 3,6% em um ano, chegando a 3,31 bilhões de euros. As despesas com vendas caíram 5,3%, para 1,24 bilhão de euros, e os gastos com pesquisa e desenvolvimento foram reduzidos em 5,5%, para 416 milhões de euros.
No total, essas medidas de eficiência levaram o lucro operacional a 509 milhões de euros, ou seja, expansão de 122% na mesma comparação. A margem sobre essa linha do balanço foi de 4,1% de abril a junho de 2012 para 9% no mesmo trimestre deste ano. O resultado financeiro ainda melhorou de perdas de 99 milhões de euros para 78 milhões de euros negativos no mesmo período.
Por fim, a rentabilidade da Philips foi segurada por causa do maior nível de provisões reservadas a impostos sobre o lucro. O aumento foi de 105%, para 121 milhões de euros. Mesmo assim, sua margem líquida terminou o trimestre em 5,6%, contra 1,8% um ano antes.
Emergentes garante alta da receita
A Philips mais uma vez conseguiu aumentar a receita líquida por causa de suas operações nos mercados emergentes. Segundo o balanço do segundo trimestre divulgado pela madrugada, esses países apresentaram faturamento 10% maior em bases anuais, contra queda de 3% nos países desenvolvidos.
A empresa informa que as regiões mais importantes durante o período foram a América Latina, a Rússia e a China. No Brasil, o contrato de iluminação do Maracanã em preparação para a Copa do Mundo de 2014 ajudou a impedir uma queda nas vendas da unidade de iluminação do grupo e a mais que triplicar o lucro operacional da área, para 115 milhões de euros.
De acordo com a Philips, as operações referentes ao Brasil também ajudaram a cortar sua dívida bruta em 3% no trimestre. A companhia fechou junho com 4,4 bilhões de euros de endividamento, em grande parte por conta da amortização de parte de suas obrigações no país. O caixa da empresa ficou em 2,31 bilhões de euros, queda de 40% ante dezembro.
Por fim, a holandesa cita o Brasil também por causa de investigações sobre um possível cartel na venda de televisões de tubo de raios catódicos. No primeiro semestre, a companhia foi obrigada a pagar uma multa de 509 milhões de euros à Comissão Europeia, que a acusa de fixar preços artificialmente com a LG. No Brasil, as investigações continuam.
Valor Econômico - 22/07/2013
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