quarta-feira, 17 de abril, 2013

Venda de carros importados cai mais de 31% este ano

As vendas de carros importados continuam descendo a ladeira. No primeiro trimestre deste ano, a queda no mercado foi de 31,7%, quando 24.217 unidades foram vendidas ante os 35.460 do mesmo período de 2012. Somente em março o declínio foi de 40,3% em relação ao mesmo mês de 2012. Naquele período foram vendidas 13.663 unidades, contra 8.161 veículos em março deste ano.
Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva). “A queda foi mais intensa do que poderíamos esperar. No entanto, estamos confiantes de que o volume deverá melhorar, principalmente no segundo semestre do ano, quando as empresas que confirmaram produção no Brasil poderão se abilitar a uma cota adicional”, informa Flavio Padovan, presidente da Abeiva.
As vendas das associadas à Abeiva corresponderam à aproximadamente 15% no acumulado de janeiro a março de 2013 (23.530 unidades), de um total de 159.004 veículos importados para o Brasil. As montadoras locais responderam por cerca de 85% dentro dos importados.
A aposta de Padovan é nas chinesas, Chery e JAC, empresas que concorrem no segmento mais representativo do mercado brasileiro, os carros de entrada. A Chery vai investir US$ 400 milhões no país, em uma unidade de montagem de automóveis e em uma fábrica de motores. Eles deverão importar até 25 mil automóveis sem a penalidade dos 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Em Jacareí (SP), a Chery vai produzir dois modelos. Um subcompacto e uma família, composta por um hacth e um sedã. Este já está definido, será o Celer. “O nosso DNA é por modelos pequenos e não poderia deixar de ser aqui no Brasil também. É uma tendência do nosso mercado veículos mais urbanos”, disse o presidente da subsidiária no Brasil, Luis Curi.
A fábrica da Chery entra em operação no final de 2014, início de 2015 e o primeiro carro que sairá das linhas de produção será o Celer.
A JAC, por sua vez, vai investir R$ 1 bilhão em Camaçari, na Bahia. Lá a montadora terá capacidade para produzir 100 mil unidades por ano e o modelo escolhido, assim como a conterrânea, é um subcompacto e uma família de entrada.
“Não vamos importar além da nossa cota. Vamos vender nos próximos dois anos cerca de 25 mil carros. Isso não vai nos obrigar a ter uma rede maior. As 70 casas que hoje temos em todo o Brasil darão conta desse volume”, disse o presidente da companhia no país, Sergio Habib.
O novo plano de concessionárias da JAC agora estipula que em 2014 a marca terá 80 lojas, subindo para 90 no ano seguinte e, 120 revendas em 2016.
“Atrasamos em dois anos o nosso planejamento, isso em função das novas regras brasileiras. Em meados do ano que vem que vamos começar a nomear os novos grupos. Vamos crescer devagar”, afirmou o executivo.
A fábrica da JAC em Camaçari, deve entrar em operação em primeiro de outubro de 2014. A expectativa é que no primeiro ano de operação a fábrica produza entre 20 mil a 30 mil unidades. Segundo o diretor de fábrica da JAC, Tarcísio Telles, em quatro anos a empresa consegue atingir a capacidade de produção. Em Camaçari, a montadora também vai produzir um caminhão semileve.
Produtos relacionados
Ver esta noticia em: english
Outras noticias
DATAMARK LTDA. © Copyright 1998-2024 ®All rights reserved.Av. Brig. Faria Lima,1993 3º andar 01452-001 São Paulo/SP