sexta-feira, 05 de abril, 2013

'Banida' dos Estados Unidos, Huawei volta-se para negócios na Europa

A rede móvel da chinesa Huawei Technologies provavelmente não crescerá nos Estados Unidos neste ano, reconheceu Bob Cai, vice-presidente da unidade de redes da companhia, em entrevista ao "Wall Street Journal". A empresa foi praticamente expulsa do país por "medida de segurança".
Mas, ao mesmo tempo, o grupo disse acreditar que conseguirá se expandir nos demais países onde atua. A China se prepara para entrar na nova geração de redes de celulares enquanto a demanda por clientes na Europa continua forte.
"Na Europa, já construímos confiança", disse o vice-presidente. Ele destacou a discrepância da situação nesse continente com a vivida pela empresa nos EUA. Em outubro, o Congresso americano chegou a pedir o banimento dos aparelhos da Huawei e também da chinesa ZTE do mercado dos EUA, sob a alegação de que os equipamentos poderiam ser usados por Pequim para "espionar" o país.
Segundo o executivo, a área da Huawei que produz equipamentos de infraestrutura pode ter alta de 10% na receita de 2013, ante 11% em 2012. Cai se recusou a dar valores específicos, já que o capital da empresa é fechado. O balanço anual da companhia pode ser divulgado no fim do mês.
A companhia está "confiante" em atingir a meta de faturamento que foi fixada, mesmo que o ambiente de negócios global continue a se deteriorar, disse Cai. "Não é uma projeção muito ambiciosa", afirmou.
A Huawei é a segunda maior fornecedora de equipamentos de telecomunicações do mundo, atrás da sueca Ericsson, e tem superado o desempenho de muitas rivais ao redor do mundo, apesar da relutância de operadoras de investirem nos produtos que oferece.
As perspectivas de expansão da chinesa aparecem no momento em que as principais operadoras de seu país - China Mobile, China Telecom e China Unicom - se preparam para lançar a rede de quarta geração (4G) de serviços móveis com a tecnologia LTE, um sistema de transmissão de dados em altíssima velocidade. No mês passado, a China Mobile afirmou que gastaria US$ 7 bilhões neste ano nessa rede.
Globalmente, a Huawei faturou US$ 1 bilhão em 2012 com a instalação de redes LTE, de acordo com o executivo. Para 2013, a expectativa é que essa cifra dobre.
Valor Econômico
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