quarta-feira, 27 de março, 2013

Indústria de plástico sofre com entrada de importados

A indústria de plásticos iniciou o ano com um crescimento bastante tímido, graças à forte concorrência que vem enfrentando diante da entrada de produtos importados. Apesar disso, o setor de utilidades domésticas, no qual estão as empresas que produzem copos, pratos e vasilhas, além de lixeiras e baldes, segue em um ritmo considerado razoavelmente bom. “Esse é um dos segmentos que caminha bem, por causa da constante necessidade de inovação que esse mercado requer, ele é menos afetado pelos importados”, avalia José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast).

Com empresas de porte internacional, mas bastante conhecidas no mercado brasileiro, como Plasútil, Betanin e SC Johnson, dona da Ziploc, o segmento está bem consolidado no país e próximo do consumidor, ao marcar presença ampla nas redes de varejo.

Prova disso são alguns investimentos que têm sido feitos. A Plasútil, que possui mais de mil produtos em seu portifólio, inaugurou na última sexta-feira a expansão de sua fábrica em Bauru (SP), cujos valores não são divulgados. A nova linha de produção tem capacidade para fabricar 1 milhão de peças por mês, de 10 coleções diferentes. Procurada, a empresa não tinha porta-voz disponível para com ceder entrevista.

Exportações X importações

Além de atuarem no mercado interno, as companhias também exportam boa parte do que produzem. Só a Plasútil exporta para mais de 40 países. Mesmo assim, o volume é infinitamente menor quando comparado à quantidade de produtos importados que desembarcam no varejo brasileiro.

Apesar dos desafios, a produção de plásticos no Brasil em janeiro cresceu 1,75% em relação ao mesmo período de 2012. O segmento de artefatos diversos, no qual está a área de utilidades domésticas cresceu 5% no período. A indústria de embalagem também cresceu, 5,28%.

Dados da Abiplast apontam que em 2012, o setor todo exportou US$ 1,29 bilhão ante importações de US$ 3,51 bilhões. Já o segmento de utilidades domésticas responde por cerca de 4% do total de produtos de plástico exportados e 3% do total importado.

“Mesmo assim, é possível ver a diferença entre o que entrou e saiu do Brasil nesse segmento em 2012”, revela Coelho. No ano passado, as exportações de produtos de utilidades domésticas, classificados na categoria de plásticos em geral, somaram US$ 43 milhões, enquanto as importações somaram US$ 86,74 milhões.
Brasil Econômico
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