quinta-feira, 14 de fevereiro, 2013

Avon melhora indicadores no país no quarto trimestre

Nove meses após assumir o comando global da Avon com a missão de dar uma reviravolta na companhia, Sheri McCoy disse ontem a analistas que vê "sinais precoces de estabilização" em mercados-chave para a empresa, inclusive no Brasil - sua maior subsidiária e onde tem perdido mercado. Apesar do prejuízo global de US$ 162 milhões no quarto trimestre, o resultado da Avon excluindo gastos com reestruturação e baixas contábeis ficou acima das expectativas do mercado. O lucro líquido ajustado foi de US$ 161 milhões.
Após a divulgação do balanço, ontem, as ações da Avon na Bolsa de Nova York fecharam em alta de 20,34%, cotadas a US$ 20,79, o valor mais alto desde que Sheri está no cargo. A nova CEO anunciou em novembro um plano de economizar US$ 400 milhões até 2015.
No quarto trimestre de 2012, a receita global da Avon caiu 1% em relação a igual período do ano anterior, para US$ 3 bilhões. Em unidades vendidas, a companhia registrou uma alta de 2%. A América do Norte puxou a receita para baixo, com recuo de 12% na mesma comparação, para US$ 516 milhões. O número de revendedoras aumentou 1% no mundo, mas diminuiu na América do Norte.
As vendas no Brasil recuaram 3% em valor de outubro a dezembro, com o efeito cambial. Em dólar constante, cresceram 10%, impulsionadas por um aumento de 9% no número de revendedoras ativas. Em volume, houve avanço tanto nas vendas da categoria de beleza como em moda e casa. O escoamento do excesso de estoque no Brasil ajudou, particularmente em produtos de moda e casa. Segundo Kimberly Ross, diretora financeira da Avon, os ajustes no portfólio de produtos e reduções de preços feitas no segundo semestre também contribuíram para o desempenho.
Foi o segundo trimestre seguido em que a Avon conseguiu aumentar o volume de vendas e o número de revendedoras no Brasil. O ritmo de declínio na receita diminuiu em relação aos trimestres anteriores (de julho a setembro, o indicador havia recuado 19%). Apesar dos avanços, Kimberly reconhece que os resultados no Brasil continuam pressionados por desafios de serviço e concorrência. De acordo com Sheri, o time brasileiro concentra seus esforços em três frentes: proposta de valor para os consumidores, ganhos das revendedoras e melhorias no serviço.
A América Latina teve o melhor desempenho regional no quarto trimestre, com receita 2% maior, de US$ 1,3 bilhão. México e Venezuela sustentaram a alta. O lucro operacional na região subiu 6%, para US$ 136 milhões.
A Avon informou que poderá repatriar recursos do exterior para atender o negócio doméstico. A receita da companhia na América do Norte recuou no trimestre devido à saída de revendedoras e a vendas fracas no Natal. A região foi responsável por 17% das vendas globais da empresa. O prejuízo operacional aumentou 17% na América do Norte, para US$ 201 milhões.
No ano todo, a Avon registrou prejuízo global de US$ 42,5 milhões, ante um lucro de US$ 513,6 milhões em 2011. A receita líquida caiu 5%, para US$ 10,72 bilhões.
A companhia anunciou ainda que avalia "alternativas estratégicas" para a Silpada, negócio de joias comprado em 2010 por US$ 650 milhões, cuja receita recuou 18% no quarto trimestre.
Valor
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