segunda-feira, 16 de dezembro, 2013

Mercado lança produtos mais populares para automóveis

As empresas de seguro de automóveis estão buscando formas de baixar o custo das apólices para aumentar a penetração do produto, principalmente entre a nova classe média. O percentual da frota de veículos segurados subiu de 18,2% em 2009 para 22,1%, segundo dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), mas o setor ainda considera esse índice baixo.
Uma das principais apostas do mercado é a aprovação no Congresso Nacional de uma lei que cria o chamado seguro popular. Entre as principais medidas, o projeto autoriza a utilização de peças usadas para o conserto de carros. A projeção é que os preços de seguros possam cair até 40% para os carros mais populares.
Além do preço das peças, o setor acredita que a aprovação dessa legislação também pode coibir o roubo de carros que é outro elemento que pressiona os preços das apólices de seguro.
"Um dos problemas básico para o seguro de veículos no Brasil em relação aos demais países do mundo é o problema de roubo e do furto. Isso impacta de maneira significativa os preços das apólices", afirmou o presidente da FenSeg, Paulo Marraccini.
Ele afirmou ainda que o Brasil produz cerca de 300 mil automóveis por mês, mas cerca de 450 mil automóveis são roubados por ano. "Ou seja, é necessário um mês e meio de produção da indústria para suprir os carros que estão sendo roubados. Nossa expectativa com relação a essa lei é tentar desarticular esse mecanismo de roubo de carro para venda de peças no mercado ilegal, o chamado desmanche".
Além desse aspecto, a indústria de seguros acredita que a utilização de peças usadas aumentaria a procura de apólices entre os carros com mais de 5 anos de uso. Atualmente é vedada a utilização dessas peças para o conserto de automóveis. Dessa forma o preço de reparação é alto, e consequentemente a apólice é cara.
No Brasil, 15 milhões de automóveis estão segurados. Desse total, no entanto, 80% têm até cinco anos de idade apenas, distorção que o governo e o mercado querem acabar com a criação do seguro popular. A modalidade tem potencial de mais que dobrar a frota segurada, já que poderá atingir 20 milhões de automóveis com mais de cinco anos de idade e desprotegidos de seguros.
Experiências
Algumas empresas da indústria de seguros já começaram a oferecer produtos mais baratos voltados para a nova classe média. É o caso da Caixa Seguros, que anunciou esta semana o lançamento do Auto Fácil 24 horas. O seguro terá custo de R$ 220 por ano e pode ser pago em até 10 vezes sem juros.
Os clientes que contratarem o produto da Caixa terão direito a coberturas simplificadas com cobertura de danos corporais a terceiros e acidentes pessoais de passageiros e um serviço de assistência 24 horas.
"A nossa aposta é que este produto competitivo, com valor acessível e um pacote de assistências completo, permita que milhões de pessoas tenham um seguro para o veículo pela primeira vez", afirma o diretor de riscos diversos da Caixa Seguros, Luís Alberto Charry. O produto está disponível nas agências da Caixa e pela internet na loja virtual da Caixa Seguros.
Diário Comércio Indústria e Serviços – 13/12/2013
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