quarta-feira, 18 de dezembro, 2013

Klabin acredita em cenário positivo para 2014

A Klabin está otimista com 2014, e vê cenário de recuperação no mercado internacional. A análise é do membro do conselho de administração da empresa, Armando Klabin, que falou com exclusividade ao ValorPRO, serviço de tempo real do Valor, durante evento no Rio.
"Eu só posso dizer que somos otimistas e, como tal, estamos levando adiante o maior empreendimento de toda a vida da empresa", disse, referindo-se ao projeto Puma, nova fábrica de celulose que será construída no Paraná, e que adicionará 1,5 milhão de toneladas de capacidade de produção de celulose à Klabin, já em 2016.
Atualmente, a capacidade de produção da companhia, segundo o executivo, é de 1,7 milhão de toneladas. "A Klabin encontra-se com sua capacidade instalada praticamente absorvida, e assim contamos que continuará; nós estamos trabalhando no topo da nossa capacidade. [O que demonstra nossa] aposta muito firme no mercado", explicou.
Armando deu a entender que esse projeto não se faz necessário para atender à demanda hoje. "Admitimos que as demandas atuais estão sendo atendidas e já estamos nos preparando para o restante do século. Acreditamos que o mercado vai continuar crescendo", continuou.
O projeto, anunciado recentemente, vai exigir R$ 5,8 bilhões em investimentos. A fábrica será autossuficiente na geração de energia elétrica, com uma produção de 260 megawatts (MW) de energia. Desse total, a previsão é que 110 MW sejam utilizados para consumo próprio da Klabin e os 150 MW excedentes - energia suficiente para abastecer uma cidade de meio milhão de habitantes - disponibilizados para o sistema elétrico brasileiro.
A maioria da produção da empresa de papel e celulose é destinada ao mercado nacional: dois terços. Klabin afirmou que a demanda interna está firme. A expectativa recai, entretanto, sobre o mercado internacional, que corresponde a um terço dos negócios da companhia.
"Esperamos que haja desenvolvimento econômico para aumentar nossa demanda. Como nós hoje somos internacionalizados, [esperamos que] o mundo corresponda a nossa expectativa", continuou Klabin.
O executivo afirmou que a recuperação nos Estados Unidos e na Europa "certamente" pode ajudar no acréscimo da demanda. "Obviamente, no andor da carruagem, a gente vê que existem vetores que podem criar algum tipo de dificuldade, mas que serão superados porque a necessidade de gerar empregos é imperiosa para todo mundo", afirmou Armando.
Em relação a novos investimentos, o executivo afirmou que a empresa vai se precaver. "Vamos tomar nossas precauções, porque nosso investimento nesse projeto é tão grande que justifica concluir o que estamos fazendo, antes de pensar em novo surto orçamentário. [Vamos trabalhar também] no acabamento dos projetos que nós já estamos implantando agora", concluiu.
O executivo participou, ontem, da inauguração do prédio da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, que tem projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. Essa é a primeira obra do arquiteto concluída após sua morte.
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