quarta-feira, 27 de novembro, 2013

Celulose Riograndense descarta queda grande de preços até 2015

A CMPC Celulose Riograndense, controlada pelo grupo chileno CMPC, trabalha com um cenário de estabilidade para o preço da pasta até o ano em que inaugura sua nova capacidade de produção no Rio Grande do Sul, em 2015, afirmou ao DCI o presidente da empresa, Walter Lídio Nunes. O executivo celebrou ontem, junto ao governo gaúcho, o fechamento de contratos que somam R$ 1 bilhão com fornecedores locais - acima da expectativa de R$ 600 mil.
"Deve haver uma acomodação das novas capacidades no mercado. A celulose cresce à medida que o PIB mundial cresce e, além disso, há a redução de oferta, com o fechamento de unidades no Hemisfério Norte. Então acredito que podem haver variações de preço, mas nada dramático", projeta Nunes, que afirma que as flutuações não devem alterar a expectativa de retorno do investimento. Além disso, o executivo vê vantagens no fato de o projeto da Riograndense ser brown field, apresentando custos competitivos por ser integrado à uma unidade já existente.
Com início da operação previsto para 3 de maio de 2015, as obras do projeto Guaíba 2 estão com 10% de evolução, segundo o porta-voz, e "rigorosamente dentro do cronograma". Num investimento estimado de R$ 5 bilhões, a ampliação deve elevar a produção da unidade das 450 mil toneladas de celulose por ano atuais, a 1,75 mil toneladas.
Além da Riograndense, a Suzano, a Montes del Plata (joint venture entre Arauco e Stora Enso) e a Klabin devem expandir suas capacidades em projetos que somam 4,3 milhões de toneladas anuais de celulose até 2016. A Eldorado é outra que faz planos para crescer até 2017.
A expansão de capacidade da CMPC Celulose Riograndense deve servir para a empresa expandir suas exportações, hoje centradas na Ásia, para os mercados americano e europeu. No entanto, Nunes descarta a compra de novos ativos florestais para suportar o crescimento - em 2012, a companhia adquiriu 100 mil hectares da Fibria no Rio Grande do Sul. "Estamos com nossa base de suprimentos estabelecida, não temos visão de compra de áreas adicionais."
Diferente da Eldorado, que logo após inaugurar sua primeira fábrica já anunciou planos para uma segunda e terceira linhas de produção, o executivo afirma que a Riograndense não têm ainda planos de expansão posteriores ao atual. "No setor de commodities essa é sempre uma possibilidade, mas não temos nada projetado", afirma.
Em cerimônia ontem no Palácio Piratini, a CMPC Celulose Riograndense celebrou a contratação de 30 empresas gaúchas para fornecimento de produtos e serviços para as obras de ampliação da planta de celulose e anunciou que deve qualificar6 mil trabalhadores para o projeto, sendo 4 mil já este ano.
Diário Comércio Indústria e Serviços – 26/11/2013
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